sábado, 31 de maio de 2014

30 de maio de 2014


Pra que serve a Bancada Evangélica?


Pra que serve a Bancada Evangélica?

Thiago Cortês
“O governo ideal de qualquer homem dado à reflexão, de Aristóteles em diante, é aquele que deixe o indivíduo em paz — um governo que passe quase desapercebido” – H.L. Mecken.
A Lei da Palmada pouca ou nada tem a ver com palmadas. Ou com os direitos das crianças. Ou com educar pais estúpidos. Ou com a paquita velha Xuxa. Ou com o menino Bernardo.
Ela tem mais a ver com a heresia dos que pretendem substituir Deus pelo Estado, nossa consciência pela legislação, nossas referências morais por burocratas arrogantes.
Somos humilhados, subestimados, roubados, vilipendiados, reduzidos a pagadores de impostos, tratados como bestas de cargas e idiotizados, dia após dia, por um Estado que pretende ser nosso pai, nossa mãe, nossa religião e, no limite, “nosso” deus.
A Lei da Palmada é mais um instrumento nas mãos daqueles que desejam bisbilhotar nossa privacidade, controlar nossas famílias, “corrigir” nossos hábitos e destruir a confiança que temos na nossa bússola moral interior que nos foi concedida pelo próprio Deus.
Querem substituir nossa bússola moral pelas leis dos homenzinhos que sonham com um Estado babélico que atinja as esferas divinas, impondo-se como Guia Moral Absoluto.

Aliados

Os babélicos de Brasília estão construindo, lei após lei, mentira depois de mentira, tragédia em cima de tragédia, o seu gigantesco Estado babélico. Uma vez que ele esteja erguido, qual um Guia Moral Absoluto, nenhum reles mortal aqui embaixo achará errado ou contraditório que a proibição das palmadas venha acompanhada da legalização do aborto.
Mas que ninguém se engane! O Estado babélico é obra feita em parceria. Nos momentos em que alguns cristãos, aqui embaixo, ameaçam derrubar o ídolo dos babélicos, ocorre uma rápida e engenhosa operação de apaziguamento por parte da Bancada Evangélica.
Os membros da Bancada Evangélica passam o tempo inteiro esbravejando contra o ídolo em construção, ganhando apoio da multidão aqui embaixo, mas nos momentos cruciais, quando há uma fagulha de resistência, reagem como exemplares agentes de pacificação.
Quando um deputado resolveu questionar no Congresso a hipocrisia dos defensores do Estado babélico, em sua maioria defensores do assassinato de bebês, e o marketing vulgar da paquita chorosa, os demais membros da Bancada Evangélica o repreenderam, cassaram sua voz e expulsaram do recinto sua moralidade cristã “incorreta” em favor decoro dos imorais.
Radical expulso, os babélicos rodearam a alma pornográfica que desfilou lágrimas televisivas, em puro êxtase demagógico. É sempre um espetáculo, a hipocrisia líquida.
Os membros da Bancada Evangélica passam quatro anos esperneando contra a idolatria do Estado. Mas no ano em que tudo pode mudar eles resolvem fechar acordos com os babélicos.
Tiram fotos com líderes babélicos, discursam e choram em favor deles e sua idolatria.
Os deputados evangélicos anestesiam a multidão de cristãos com garantias de que os idolatras em Brasília são sensíveis à lei moral de Deus e que eles até oram, lá de cima, como os cristãos aqui embaixo, o que seria uma prova de que no fundo também são cristãos.
Fomos derrotados pelos idolatras — mais uma vez. Mas eles tiveram a ajuda fundamental de deputados evangélicos — mais uma vez. Os idolatras não poderiam ter aliados melhores.
Da próxima você que você olhar para o horizonte tente imaginar o tamanho que o abominável ídolo já ganhou. A sua herética altura agora só poderá ser contida pelo próprio Deus.
Pense nos idólatras invadindo nossos lares para educar nossos filhos sobre a superioridade da ideologia babélica. Imagine isso e reflita: pra que serve a Bancada Evangélica?
opinião do zé que posta aqui.
Mais uma do ParTidinho de M. já que "nunca da historia deste pais" se fez tanta asneira, mascarada por publicidade marxista e ditatorial, sendo assim vamos levando mais uma e a vida segue.... já que temos bolças, vales, cartões e seguros que garantem o silêncio das massas. Pão e circo moçada. E os ditos candidatos "evangélicos" vão ganhando concessões, canais de FM, TV, ..... sobra de verbas, entre outras cositas. (viva o ParTidinho).

domingo, 15 de dezembro de 2013

Pós História - 1ª resenha

RESENHA

SILVA,Tomaz Tadeu da. In: Identidade e Diferença: A Perspectiva dos
Estudos Culturais, 2ª Ed.,Vozes, Petrópolis, 2003.

Alexandre JorgeLotti
http://teobrasilis.blogspot.com

Neste texto o autor faz uma explanação do que chamamos de identidade
e diferenças, ele discorre sobre a nossa visão das diferenças para criarmos
uma identidade e assim fazermos uma separação entre nós e os outros,
partindo das nossas prerrogativas de sermos “iguais” e os outros “diferentes”.
O autor levanta indagações essenciais sobre o que a sociedade defende
com identidade e sobre o que ela lastreia sua história existencial. Ele aborda as
teorias curriculares de uma forma sutil estimulado a intervenção e adoção de
mudanças que incentive a indagação e a possibilidade de perturbarem e
transgredirem o que se chama de normalidade das identidades existentes, ele
nos leva a repensar os nossos conceitos de “eu sou” e a nossa visão sobre a
realidade sócio cultural de como vemos os “outros”.
Antes, porém ele retrata e desenvolve uma perspectiva nova sobre o
que temos como realidade de identidade como concebeu a idéia e como
formamos nossa identidade. “... identidade e diferença estão em uma relação
de estreita dependência. A forma afirmativa como expressamos a identidade
tende a esconder essa relação... Em um mundo imaginário totalmente
homogêneo, no qual todas as pessoas partilhassem a mesma identidade, as
afirmações de identidade não fariam sentido.” (pág 74-75)
As afirmações sobre a diferença só fazem sentido se compreendidas em
sua relação com as afirmações sobre a identidade, ele ainda afirma que “...
identidade e diferença partilham uma importante característica: elas são o
resultado de atos de criação lingüística... A identidade e a diferença têm que
ser ativamente produzidas”. Elas não são criaturas de um mundo natural ou de
um mundo transcendental, mas do mundo cultural e social. Somos nós que as
fabricamos, no contexto de relações culturais e sociais. A identidade e a
diferença são criações sociais e culturais. ( pág. 76).
No desenvolvimento de suas idéias ele nos deixa bem claro que tanto a
identidade, como a diferença são resultados de atos de criação lingüísticas, ou
seja, que elas são criadas por meio da linguagem. Elas também não podem ser
compreendidas fora dos seus sistemas de significação, pois não são “seres da
natureza”, mas da cultura carregada de simbolismos e estereótipos que as
constituem e legitimam.
A disputa pela identidade envolve segundo Tomaz, uma disputa mais
ampla por outros recursos simbólicos e materiais da sociedade na qual está
inserida. “A afirmação da identidade e a enunciação da diferença traduzem o
desejo dos diferentes grupos sociais assimetricamente situados, de garantir o
acesso privilegiado aos bens sociais. A identidade e a diferença estão, pois, em
estreita conexão com a relação de poder.” (pág. 82)
A fixação da identidade implica sempre em operações de incluir e de
excluir, afirmar uma identidade significa um limite, uma demarcação de
fronteiras, fazer distinções, separar os “diferentes”, ou seja, a identidade está
sempre ligada a uma maciça de separação de “nós e eles”.
Ao analisar as identidades nacionais, as de gênero, as de sexo, raça e
etc. O autor nos fala o seguinte: “No caso das identidades nacionais, é
extremamente comum, Por exemplo, o apelo a mitos fundadores... é
necessário criar laços imaginários que permitam ligar pessoas que, sem eles,
seriam simplesmente indivíduos isolados. Sem nenhum sentimento de terem
qualquer coisa em comum.” (pág. 85).
Ele nos relata que estes mitos são simplesmente um artifício para unir
em torno de algo as pessoas, não importando se são verdadeiros ou não,
muitos dos mitos fundadores são mitos literais, nunca existiram e nunca podem
ser provados, mas conseguem agrupar determinadas pessoas entorno de uma
identidade. Sempre priorizando seus anseios, seus desejos em detrimento dos
outros. Geralmente o mito nos remete a um momento crucial do passado em
que um fato, um gesto, um acontecimento, geralmente heróico inaugurou as
bases de uma suposta identidade nacional.
Finalmente nos relata que a identidade é instável, fragmentada,
inconsistente e inacabada.
O relato de maior importância do texto nos faz rever nossos valores e
nossa didática educacional e como educador, nos estimula a incentivar nossos
alunos a pensarem de outra forma, a desenvolver a perspectiva de transgredir,
de perturbar, de subverter e de anarquizar a identidade existente, de modo a
desestruturá-las e evidenciar o caráter artificial e nojento no qual elas foram
criadas e se desenvolveram. Afinal os mitos nasceram para serem expostos e
contraditos. E o mais importante é saber que o “outro” só é outro quando eu me
considero diferente dele, pois o outro nada mais é que o eu visto por outra
ótica. O outro deve ser o que eu sou, ou seja, diferente de mim, como eu sou
diferente dele.

soli Deo gloria

terça-feira, 14 de maio de 2013

Orar pelos meus inimigos?


Será possível?

Será possível que um “crente” consiga fazer tamanho sacrifício?

Será possível que um salvo possa fazer tamanha “façanha”?

Em um meio de “seletos escolhidos” isto será possível?

Em um “gueto de santos e puros” isto é uma realidade?

Infelizmente a resposta da maioria das perguntas é um redondo NÃO. Pois os ditos “decididos” (aqueles que um dia fizeram sua decisão ) não são capazes de perdoar, quanto mais de orar pelos que os perseguem.

Os “decididos” ao contrário, oram para que os seus “inimigos” sejam destruídos caiam em desgraça e assim possam quem sabe fazer uma decisão por jesuis. E assim engrossar as fileira dos “crentes decididos” ou seria de fariseus não assumidos. Eles aprenderam desde muito cedo a desejar o mal daqueles que segundo eles estão em pecado, daqueles que são “diferentes”, daqueles que não pertencem ao gueto, daqueles que não dizem paz ou qualquer outro jargão evangélico.

Os caras dizem em púlpito e em público que os “crentes” devem orar para que os “ímpios” se quebrem para que os donos de buteco caiam em desgraça e fechem as portas. E se a oração funcionar e o pobre dono de buteco não vendo solução dê um tiro na cabeça e vá para o outro lado. O “crente” ficará realizado com sua “oração poderosa”?

Será que na bíblia destes “ungidões” especiais não tem um versículo simples?

“ Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que estais no céus;” (Mt. 5:44)

A condição é simples se você quer ser filho do Pai que está nos céus, pare de adorar o pai que está no inferno e nunca mais deseje o mal a quem quer que seja.
Pare de se fazer de melhor, pois o sol nasce sobre todos e a chuva igualmente cai em todos.
Os “ungidões” não são melhores que os outro só por que um dia fizeram uma pseudo conversão e uma confissão pública diabólica que aceitavam Jesus como seu Senhor e salvador.

É triste mas isto é ensinado a novos convertidos em aulas de escola bíblica, os novos convertidos, que são criança na fé já nascem sabendo como praguejar e desejar a desgraça dos “diferentes” dos “ímpios”, nestas aulas já assumem uma iniciação diabólica de desejar o mal aos não convertidos aos idólatras, aos feiticeiros aos homossexuais, ao adivinhadores, já que todos estes vão para o inferno, por que não apressar o futuro deles?

Somente os “santões dos guetos” que foram purificados pelo sangue de jesuis, é que vão para o céu, os outros ficarão na tribulação e acabarão no inferno.
Fica o recado que vai separar o joio do trigo são os anjos  e não os “ungidões” e nos últimos dias.


Nele, que preferiu a companhia de ladrões e prostitutas a dos religiosos.
Alexandre Lotti
Maio 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Sua Igreja Possui Políticas e Práticas de Proteção Contra Falhas Pastorais?


      Todos nós já ouvimos falar de pastores que caíram em adultério, escândalo, etc. Contudo sempre achamos que isso jamais irá acontecer em nossa igreja. Mas acontece. No texto abaixo, Thabiti Anyabwile nos leva a refletir sobre o assunto. Sua igreja possui políticas e práticas de proteção contra falhas pastorais?
Enquanto trabalhava em um capítulo de um livro a ser lançado, tive a bênção de pesquisar as falhas morais de diversos pastores proeminentes. Eu digo “bênção” porque foi esclarecedor observar algumas dinâmicas comuns e falhas nos escândalos. Na maioria dos casos, homens que deveriam ter sido desqualificados estavam de volta a seus púlpitos ou estabelecendo novos ministérios em poucos meses. Na maioria dos casos, igrejas foram seriamente feridas pelas transgressões e machucadas depois pelos inadequados esforços de reparação. Em todos os casos, o pastor ofensor recebeu mais atenção e suporte do que as vítimas de seu abuso ou enganação. Foi um exercício chorável.
Os efeitos são devastadores. Dois pesquisadores da Universidade Baylor resumiram os efeitos sociais e psicológicos da má conduta sexual clerical nas congregações. Os estudos:
sugerem que os resultados nos ofendidos incluem culpa; vergonha; perda de comunhão e amigos se forçado a mudar-se seja para escapar do julgamento da comunidade ou de um ofensor furioso que foi descoberto ou reportado; crise espiritual e perda de fé; crise familiar e divórcio; angústia psicológica, incluindo depressão e transtorno pós-traumático; enfermidade psicológica; e tentativas de suicídio com ou sem sucesso. [1]
Toda essa carnificina começa com um processo que os pesquisadores chamam de “aliciamento”.
Aliciamento inclui expressões de admiração e preocupação, gestos de afeição e toques, falar sobre um projeto em comum, e compartilhar informações pessoais (Carnes, 1997; veja também Garland, 2006). O aliciamento pode ser gradual e sutil, dessensibilizando o membro para um comportamento cada vez mais inapropriado, enquanto a recompensa pela tolerância a tal comportamento. Os ofensores podem usar linguagem religiosa para estruturar o relacionamento, como “Você é resposta às minhas orações; Eu pedi a Deus por alguém com quem eu pudesse compartilhar meus mais profundos pensamentos, orações e necessidades, e ele me enviou você” (Liberty, 2001, p. 85). O aliciamento é essencialmente a sedução em um relacionamento no qual um líder religioso possui poder espiritual sobre o membro. [2]
O estudo de Garland e Argueta concentrou-se primariamente em identificar as condições que permitem a má conduta sexual clerical. A partir de suas entrevistas a vítimas adultas do abuso clerical, eles encontraram cinco fatores que contribuem para o comportamento. Em seus próprios rótulos e descrições de início de parágrafo:
1. Falta de Reação Pessoal ou Comunitária a Situações que “Normalmente” Exigem Ação
A maioria (n=23) dos ofendidos disseram que se sentiram incertos do que estava acontecendo em seus relacionamentos com seus líderes religiosos. Cônjuges, amigos e outros líderes congregacionais também estavam incertos sobre o significado do que observaram, então não fizeram nada. Sua confiança em seu líder era maior do que a confiança em suas próprias percepções da situação. De fato, ela alterou a maneira pela qual eles interpretaram o que estavam experimentando.
2. Cultura da Gentileza
A cultura americana espera que as pessoas sejam “gentis” com os outros, mais particularmente com quem nós temos relacionamentos de cuidado. Por “gentis”, queremos dizer omitir ou ignorar o comportamento de outros que sabemos ser socialmente inapropriado ao invés de apontar o comportamento e arriscar envergonhá-los, irritá-los ou magoá-los. Os ofendidos que entrevistamos estavam vivendo através desta norma cultural, mesmo em face do comportamento flagrantemente inapropriado dos ofensores. Em outras palavras, eles não estavam simplesmente normalizando o comportamento dos ofensores e questionando suas próprias percepções; eles reconheceram que o comportamento era sexual e, portanto, inapropriado, e ainda assim não objetaram.
3. Falta de Responsabilidade
Nosso mundo aumentou cada vez mais a comunicação e a consequente habilidade de evitar a omissão ou a responsabilidade de outros. Ao invés de cartas em uma caixa de correios familiar, onde qualquer um na família pode ver que um membro recebeu uma comunicação e de quem recebeu, as cartas chegam a contas de e-mail particulares, fora da vista de todos aqueles que não sabem a senha. Ao invés de telefones sendo localizados em espaço público, como a parede da cozinha, eles agora estão em uma bolsa, ou um cinto, e podem ser usados em qualquer lugar. Tal comunicação permite uma forma de ligação e aprofundamento de relacionamento, removido da observação dos outros. Muitos dos entrevistados falaram de longas e frequentes conversas por telefone ou e-mail com os ofensores.
4. Sobreposição ou Múltiplos Papeis
Dos 46 membros ofendidos que entrevistamos, mais da metade (n=24) estavam em um relacionamento de aconselhamento formal com o líder religioso. Mais 16 reportaram que estavam se encontrando sozinhos regularmente com seu líder religioso para “direção espiritual”. Descreveram direção espiritual como uma reunião particular entre o líder e o membro na qual o membro compartilhava lutas e preocupações pessoais e o líder fornecia orientação sobre o uso das práticas espirituais como oração e meditação para lidar com tais lutas e preocupações. A característica comum desses dois grupos, juntos representando 87% da amostragem, é que o líder os estava encontrando sozinho regularmente para fornecer serviços pessoais. Em alguns casos, as interações diferiam do relacionamento de aconselhamento profissional de outros profissionais de assistência, no qual a direção do convite era reversa. Ao invés do membro pedir por ajuda, o líder religioso se voluntariava para fornecer aconselhamento ao membro.
5. Confiança no Santuário
Espera-se que a congregação e seus líderes sejam seguros, um “santuário”, onde as vulnerabilidades serão protegidas. Os membros esperam serem capazes de confessar pensamentos e lutas pessoais a seus líderes religiosos sem medo de que tais confissões possam ser usadas para manipulá-los. Líderes deveriam ser fontes seguras de orientação e perdão. Entrevistados recordaram que uma das maneiras pelas quais o ofensor ganhou a proximidade que levou à atividade sexual era usar o conhecimento adquirido a partir de suas confissões como uma maneira de violar o que seria a habilidade deles de se protegerem. Uma expectativa de proximidade emocional é assumida após compartilhar questões profundamente pessoais. A proximidade é aprofundada quando o outro sabe de aspectos da vida de alguém que poucos sabem — um segredo compartilhado. Tal proximidade emocional deu ao ofensor poder adicional como o guardador dos segredos do ofendido.
Membros confiam que seus líderes protegerão suas famílias; esses líderes são aqueles que realizam casamentos e espera-se que estejam presentes e sejam apoiadores das famílias da congregação em tempos de crise. Ao invés disso, tais ofensores frequentemente denegriam os cônjuges das mulheres, colocando um contra o outro através de coisas que eles sabiam ser vulneráveis no casamento. Após a morte de seu filho, por definição uma crise conjugal, o pastor de Paula disse a ela que seu marido nunca seria capaz de satisfazer suas necessidades. Delores lembra a tensão entre seu marido, que tinha um papel de liderança na igreja, e o pastor, quando o pastor começou um relacionamento com ela.
A experiência, as histórias da mídia, e as pesquisas, todas advertem do dano que causa a má conduta clerical. Contudo, a maioria das congregações continuam sem políticas e práticas para protegerem a si mesmas da queda de seus líderes. É claro, nenhuma igreja pode estar completamente protegida, e não queremos produzir uma atmosfera de suspeita e falta de confiança imerecidas. Mas um pouco de premeditação e planejamento poderia ser a gota de prevenção que previne a necessidade de um litro de cura. As descobertas de Garland e Argueta sugerem algumas medidas de proteção que podem servir ao pastor e ao povo.
Em sua conclusão, o artigo de Eric Reed de 2006, “Restaurando Pastores Caídos”*, fornece pelo menos algumas questões preliminares para incentivar as congregações. Se as equipes de liderança pensam através destas questões, elas pelo menos desenvolveriam os esqueleto de uma reação para as falhas morais dos líderes.
1.    Quais ofensas exigem afastamento do ministério?
2.    A exposição à pornografia é uma ofensa tão séria quanto um caso extraconjugal de fato?
3.    Quanto tempo o pastor deve ficar fora do ministério?
4.    Quais são as exigências para o aconselhamento e quem o supervisionará?
5.    Haverá qualquer suporte financeiro para o pastor e a família?
6.    A esposa do pastor será incluída no aconselhamento e nas reuniões com os oficiais da denominação ou oficiais de restauração?
7.    Após o processo de restauração, como o pastor encontrará uma nova posição, se considerado qualificado?
8.    E o que será dito à nova congregação sobre sua indiscrição e o período de remoção do ministério?
Seu pessoal, sua equipe de liderança, seus presbíteros e sua congregação possuem um conjunto de práticas e políticas que ajudam a se resguardar contra a falha moral de líderes e de abordá-la quando acontece? Após peneirar um bom número recentes artigos e escândalos, estou convencido de que preciso levar os líderes de minha igreja a discussões e propostas sobre esta questão. Os custos são altos demais para se negligenciar.
Oremos por proteção, sabedoria e santificação tanto dos líderes das igrejas quanto seus membros. Intercedamos contra os artifícios do maligno. E estejamos preparados para reagir em casos de escândalo com amor e justiça como definido pela escritura. Novamente: muito está em jogo.
Por Thabiti Anyabwile, Copyright © 2012. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Original:Does Your Church Have Policies and Practices to Protect Against Pastoral Failures?
Tradução: Alan Cristie. Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: Sua Igreja Possui Políticas e Práticas de Proteção Contra Falhas Pastorais?
Fonte Ed Fiel: http://www.blogfiel.com.br/2013/02/sua-igreja-possui-politicas-e-praticas-de-protecao-contra-falhas-pastorais.html

sábado, 25 de agosto de 2012

O erro de Gênesis 3, de novo.


Os “desencapetadores” de plantão estão cometendo novamente o  erro de Gênesis3.
            Eles, os “todo poderosos” ainda não entenderam que somente Deus pode combater o inútil, o desprezível. E fazem exatamente o contrário do que está escrito.
            Os desencapetadores, estão usando de seu próprio conhecimento ,sua inteligência e suas forças, para assim poderem enfrentar o inútil, é uma demonstração de “poder”,de capricho, de vanglória e de desprezo pelas Sagradas Escrituras.
            Os “ungidos” estão querendo se igualar a Deus e de posse do "conhecimento do bem e do mal", passam a encarar o inútil em uma infeliz tentativa de vencê-lo, pois ele não pode ser vencido por força da criatura e somente por graça e poder do criador.
            Estes tais desencapetadores, se esquecem que o inútil não segue a lei alguma ou a normas estabelecidas e não tem princípios – é um inútil no real sentido da palavra- e este se alimenta daquilo que Deus descarta e rejeita nestes estão inclusos a vanglória a soberania humana a filosofia e o desejo do pináculo, ele se alimenta do PÓ. 
            Eles estão alimentando o inútil, estão promovendo o nome do “capetão” estão enaltecendo o nome do coisa ruim, e ele está adorando, o seu nome está profanando o que um dia se chamou de casa de Deus, o seu nome sendo proclamado por ditos “homens de Deus” e o seu nome sendo admirado como uma força capaz de se opor a Deus, afinal segundo C.S. Lewis o coisa ruim adora dois tipos de pessoas, os que dizem que ele não existe e os que vivem proclamando seu nome.
            A mecânica do mal funciona assim: se alimenta do pó e cresce com a arrogância e a vanglória humana.
            Cabe a criatura escolher somente o bem para si, ou seja, colocar-se sob a graça de Deus e ter o inútil contra si do mesmo modo como Deus o tem. Não de ficar como um promotor, exaltando o inútil e se alto promovendo com o uso do seu poder, pois as trevas cobram caro por emprestar o poder para os desencapetadores.
            Optando pela Graça de Deus e não pela fama de “ungidão”todo especial, a criatura descobre o que realmente é bom para ela e sente que Deus além de intervir por ela, fortalece o seu viver e ainda mostra sua gloriosa volta.
            Lembre-se: “e, despojando as autoridades e poderes malignos, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz.” (Cl 2.15 KJV).
            O inútil é a velha ameaça que queria reinar sob a criação, mas foi vencido, por Cristo na cruz, definitiva e totalmente, o inútil não precisa mais ser temido.


            NELE,
            Que nos dá sua Graça como um presente, sempre.

            Lotti 2012

sábado, 30 de junho de 2012

Ainda há esperança, na igreja!


          Eu definitivamente não sou contra a igreja, como instituição, mas não sou a favor deste modelo de igreja criado por Constantino e disseminado pelo mundo todo, este modelo, baseado em um “cabeça” e um monte de membros. Isto não é igreja baseada no Evangelho, isto é criação humana.

            A igreja como uma comunidade, onde tudo é comum, principalmente o amor e a comunhão dos membros, é uma coisa, a igreja a onde o evangelho é o centro, a onde a pregação está centrada no conteúdo da bíblia, onde não existe distinção de membros ou de pessoas, onde todos cooperam para proclamar o amor, a igreja na qual há somente uma cabeça, a d’Ele, esta sim é uma Igreja.
            Mas aqueles locais onde a santidade está atrelada aos costumes e as proibições, esta não é uma verdadeira igreja, neste local geralmente os “ungidões” dominam e massacram aqueles que atravessam seu caminho, como o conquistador do filme “O livro de Eli”, que buscava a qualquer preço um exemplar da bíblia sagrada, pois sabia que o poder e a sabedoria que emanavam da bíblia, seriam mais que o suficiente para que ele dominasse toda a sua comunidade, ele serviria da palavra como que usa uma espada para destruir e conquistar- como os cruzados- parece familiar?
            Os “ungidões” usam a bíblia como lei para punir dominar suas “ovelhas”, usam de toda autoridade imposta para satisfazer seus caprichos e vontades, para realizar todos os seus desejos, todos os seus desmandes e o cumprimento de todas as suas ordens, afinal de contas estão 50 centímetros mais perto do céu que a assembléia.  
            Mais estes já tem um lugar definido um lugar cativo preparado para todo os “ungidões” e seus asseclas, um lugar bem quentinho.
            Estes tais passam o dia maquinando como punir e como pegar aqueles que estão em desacordo com seus caprichos, passam o dia ditando normas e regras, não se pode comer isso, não se pode beber aquilo, não se pode vestir isso, não se pode frequentar estes locais. Vocês só podem ouvir música gossspel, (eca), pois este é o meu desejo.
            Sendo assim ele, o “ungidão” manipula e impõe sua vontade soberana sob a igreja e sob todos, aqueles que não estiverem de acordo que saiam do Hal de membros, pois no Hal só há “santos imaculados”.
            Mas ainda há esperança!
            A esperança está no Evangelho, na pureza do ensinamento de Jesus, na simplicidade de suas palavras, na sua ousadia em enfrentar tudo e todos, na loucura de ir contra todas as instituições e todos ditos religiosos, na loucura de encerrar o cumprimento da lei e da necessidade de profetas, na doçura da Graça como um presente do Pai.
            Ele, que era um “beberão” e um “comilão”, que nunca deixou de beber um “vinho bom”- fermentado e alcoólico- nunca deixou de ir a onde os “pecadores” estavam, aquele que sempre que possível se assentava à mesa em companhia dos “pecadores”e adorava viver na companhia daqueles que não “prestavam”, daqueles que não praticavam um rito santo, que não frequentavam os templos feitos por mãos de homem, que não participavam dos cultos, que bebiam  e ouviam música “mundana”, daqueles que não estavam nem ai para a opinião dos “ungidões”, daqueles que celebravam a vida simples, o amor para com seu próximo, daqueles que tinham prazer em estar na presença d’Ele.
            Estes eram por Ele chamados de bem aventurados, os “santos”, os separados eram chamados de “raça de víboras” e comparados a sepulturas caiadas.
            A esperança está n’Ele, simplesmente e não em homens santos ou templos santos ou denominações.
            Viva n’Ele, sinta Ele.
             
            N’Ele que nunca me deixou sem esperança.

            Lotti 2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A igreja hoje


            A igreja contemporânea a muito deixou o seu primeiro amor, a igreja de hoje vive aturdida e em conformidade com as “coisas deste mundo”.

            A igreja deixou de ser a comunidade dos que anunciam o evangelho e se transfigurou em uma casa de trocas em uma casa de barganhas em uma casa de salteadores vestido com pele de cordeiros.
            A igreja hoje não faz mais seu papel social, se o faz é com segundas intenções, é com o intuito de “laçar” aqueles que estão desesperados, os que estão sem rumo, é a evangelização do toma lá dá cá. A igreja de hoje acolhe ao homem de anel de ouro no dedo e vestes preciosas. Ela não é mais pura e desinteressada, ela não é incorruptível como as primeiras comunidades, ao contrário ela é a materialização de toda a vanglória e corrupção humana, é a casa dos salteadores.
            A igreja hoje não visita os órfãos e as viúvas em suas tribulações e já não se guarda sem a “mancha do mundo”.
            A igreja tornou-se uma casa de câmbio, uma casa de comércio, onde se negocia de tudo, desde um empreguinho público- geralmente arranjado por políticos ‘crentes’ que abusam do nepotismo santo- indo até a negociata da cura de um câncer terminal. Bastando para estes fins uma “simples oferta”, uma “campanha” uma “fogueira santa do monte Sinai” uma “unção com os 318”, uma “doação”, um “dizimo ou trizimo” bem gordo ou uma esmola, o que realmente importa é o montante que entra para o gazofilácio, este deve ser proporcional a graça desejada.
            Os megatemplos da igreja de hoje são casa de “mamom”, são os templos das deusas riqueza e fortuna e por tabela da deusa luxuria.
            A graça a muito deixou a igreja, e a desgraça preencheu o seu lugar e a igreja, agarrando com unhas e dentes a tal “teologia da prosperidade” que de Theos não tem nada, esta “linha financeira” é hoje o carro chefe de muitas igrejas, passou a ser o estandarte sob o qual os “ungidos” fazem sinais, maravilhas e macaquices também.        
             A simplicidade o amor aos pequeninos aos necessitados deixou de ter qualquer significado, hoje o amor ao próximo é proporcional a conta bancária deste.
             A muito os “Apóstolos” deixaram de caminhar sem levar uma túnica extra, e pregar o evangelho sem sequer levar outro calçado, levando apenas o Amor no coração e a vontade de falar de Cristo. Hoje os “ungidos”, não fazem sua “performance” se o cachê não for Gordo, se as “ofertas” não forem abastadas. Hoje as igrejas provem de ouro e preta os seus “ungidões” eles não mais falam de Cristo, eles falam de cristo, e não mais vão a onde o povo deve estar, vão a onde a “oferta” é mais generosa, não vão a pé ou a cavalo, vão de jatinho pois não podem mais perder tempo, visto que “time is Money”.
            A Igreja já não conta com os “apóstolos dos pés sangrentos”, já não existem mais Paulos, Estevãos, bem como tantos outros que deram suas vidas pelo Evangelho.
            A igreja deixou de ser o “povo de Deus a serviço do testemunho da presença do reino de Deus” (Jung Mo Sung).
            Hoje a igreja se transmutou em um “Renascer do capital”, em uma “Universal” busca pela fortuna e a satisfação pessoal, uma busca pela “Graça” que não é de graça, mas comprada a peso de ouro, a igreja se tornou uma máquina de fazer dinheiro.
            Hoje quando se fala em missão, se está falando em aumentar o faturamento, pois almas representam dízimos e ofertas, quando se fala em ganhar almas está se falando em mostrar a competência do “ungido” em aumentar o dinheiro em caixa, pois somente os “bons” conseguem ganhar almas.
            Mas ainda há esperança.
            Ainda há um caminho da graça, um caminho para a Graça de graça.
            Vinde todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos farei descansar. (...) porque meu julgo é suave, e meu fardo é leve. (Mt. 11:28-30 RVP).
           

            Nele que é Graça e nos deu a Graça do Pai como um presente.

            Lotti. 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Igreja Transgênica


Por: Alexandre Lotti

Será possível? Mas o que vem a ser uma igreja transgênica?
                A definição de transgênico resumidamente é: “Transgênico é todo ser orgânico modificado ou criado pelas mãos do homem”.
                De posse desta informação e direcionando ela para a igreja ficamos assim: “ são todas as igrejas criadas para satisfazerem a vontade (vanglória) do homem, são aquelas criadas para realizar o “desejo do pináculo”.
                Os organismos criados para satisfazer as vaidades dos homens, são compostos quase que exclusivamente de “decididos”, quase todos os seus membros integrantes, um dia fizeram uma decisão por Jesus -como  se isso fosse possível-, um dia balangaram as mãos, buscaram no fundo do coração um “arrependimento”-enganoso é o coração- e se tornaram “vaquinhas do presépio doutrinal”.
                Em contraste a igreja orgânica, aquela criada pelo amor, segundo o Evangelho da graça, é composta quase que exclusivamente de “regenerados” de “metanóios”, aqueles que um dia perceberam seus erros modificaram suas vidas “tomaram suas cruzes” e passaram a servir e seguir a Jesus exclusivamente, passaram a percorrer o espinhento caminho da graça.
                Já os transgênicos, que estão figurados entre tantas “denominações”, possuem o desejo de serem a maior, mais próspera, a mais “inchada”, a que tem mais bancos cheios, a que tem o maior rol de membros, a que tem o melhor e mais poderoso “ungido de Deus” a que tem o “melhor e mais santo” pastor, a que tem até um apóstolo de plantão ou pai postulo como algumas. Todas estas igrejas com a exclusiva finalidade de serem mais um “negócio celestial”. 
                A grande maioria das “igrejas plantadas” tem por finalidade aumentar a captação de recursos pela santa madre precursora, tem como objetivo enaltecer o ego do “ungidão” que afirma: “ganhei muitas almas para Jesus, veja os templo cheios”, - como que em se enchendo os templos se está enchendo o céu-.
                Desde a sua plantação que se inicia geralmente com um grupo de “santos”(os intocáveis), que saem em busca de um local para “evangelizar”, onde se possa dogmatizar e doutrinar pessoinhas fragilizadas e desesperadas. Com estas informações geralmente procuram um imóvel para alugar, compram um grande equipamento de som, montam o palco e iniciam o espetáculo teatral, com muita música e encantamento, pois afinal, estão louvando a “Jesuis”. Os “levitas” são programados para conduzirem os fragilizados ao êxtase e logo em seguida quando estes, embalados pelo “hipnotismo - teatral” e tomados pelo “fogo do espírito ”se tornam abatidos, presas fáceis para o “ungidão” que desenrola uma sequência de estorinhas e contos, misturados a versículos bíblicos, que supostamente seriam o lastro de sua “pregação”, em seguida vem o ápice da cerimônia o “apelo” oportunidade única das pessoas aceitarem ‘Jesuis’ como seu senhor e salvador. Pois fora da igreja não há salvação, somente aqueles que querem e realizam uma confissão pública podem entrar no reino dos céus, já que a salvação é por mérito e por obras. (pelo menos na igreja transgênica)
                Assim se enchem as “casas de Deus” proporcionalmente superabunda as graças na conta bancária do “ungidão”.
                Já nos ajuntamentos de servos Cristãos, que geralmente são pequenos grupos, fora do domínio de qualquer “ungidão” e longe dos tentáculos das santas casas de deuses a coisa funciona assim, os pequenos grupos vão se ajuntando, lendo a palavra louvam verdadeiramente a Deus, passam a servir ao próximo, dedicam-se a tesedaká, caridade incondicional e sem interesse. E por incrível que pareça não ficam falando dos outros pelas costas.
                Eles passam a servir. Somente.
                Servir não é sair pelo mundo distribuindo folhetinhos e fazendo perguntas idiotas, como: “você conhece as 4 leis espirituais ?” , “você é uma boa pessoa?”, a onde você vai passar a sua eternidade?”, “....?”. mostrando assim a todos, que sua doutrina e seus dogmas lhe garantem um lote no céu, e que se o “fragilizado” pelas circunstâncias da vida se tornar um igual a você ele também vai morar no céu (mas a localização do seu lote vai depender dos dízimos e ofertas, feitos durante sua miserável vida).
                Servir e proclamar a Boa Nova, mostrar o amor do Pai na prática é mostrar as pessoas o que é ser um cristão e evangelizar é falar do amor de Deus, é dar o peixe, dar a vara, ensinar a pescar, providenciar o barco e garantir acesso as margens do rio para que se possa pescar é compra o peixe e assim garantir o sustento e viabilidade da vida daqueles a quem se chama de irmão. É cuidar do pescador e de toda a sua família, é garantir saúde e educação de qualidade.
                Fazer missão não é sair por ai dogmatizando as pessoas, tentando doutrinar o máximo de pessoas que encontrar, não é “catequizar os trouxas”, é levar o amor incondicional de Cristo a todos os que encontrarem pelo caminho.  Servir deste outro jeito é espalhar folhetins Americanos, é servir a velhos padrões, com a função de se encher os bancos das igrejas, é dar ênfase ao evangelho oral é focar o evangelho de homiléticas e oratórias, e jogar fora a função social e profética do Evangelho.
                O que estas igrejas transgênicas estão fazendo pelos mais necessitados? O que estão fazendo pela pobreza extrema? Pelos marginalizados? Pelos homossexuais?
                Estas igrejas, não fazem absolutamente nada, colocam a culpa na sociedade, jogam a responsabilidade para os governos e vão assim “empurrando com a barriga” o chamado de Cristo para servir o próximo. Afinal estas igrejas e seus “ungidos” tem mais o que fazer, para que se importar com os pobres, - já que os pobres sempre vão existir-
                Todos os “santos” e “ungidos” se sentem separados do resto do mundo e por isso os “condenados” não tem valor nenhum, eles vão todos para o inferno mesmo, pois não congregam, não dizimam e não dão gordas ofertas.
                Deus é o Deus dos excluídos, dos que tem fome sede e frio e não dos abastados, dos separados dos “crentes”. Ele é ABBA, um Deus que cuida dos Lázaros, das viúvas dos órfãos e dos excluídos.
                Esta igreja que está com os bancos cheios e simplesmente não olha para aqueles que realmente precisam de sua ajuda, com certeza ficará plantada na terra enquanto os “excluídos” os “mundanos” os “carnais” irão se encontra no caminho com ABBA.
                Enquanto a igreja empregar seu tempo e recursos, em congressos, em concílios em reuniões de “ungidos” em programas marqueteiros de evangelização, ela vai ficar, vai ficar cada dia mais longe da Ekklesia, da igreja família, da igreja orgânica da igreja do Pai, ela vai se ligar a uma videira de plástico cheia de luzes e neons brilhantes e dará frutos venenosos mais “bom de comer, sedutor de se olhar”, mais a seiva envenenada pela cobiça e avareza os impedirá de verem que estão nus e destituídos da glória de Deus.
                Jesus não mandou plantar igreja, Ele mandou fazer discípulos no amor do Pai.

                Nele. Que é o fruto da vida.

                Alexandre Lotti/2012

sábado, 21 de abril de 2012

Cristianismo não é religião!




Por Alexandre Lotti.
        Cristianismo é Cristo!!!

        Quando Jesus se fez carne e habitou entre nós, seu objetivo não era o de fundar uma nova religião, ou uma nova seita, diferente do judaísmo, que está cheio de regras e legalismo, como se refere o profeta Isaias “é lei sobre lei”, ou uma nova doutrina pagã como o Romanismo.

         Ele não veio para nos religar a nada. Pois mesmo afastados do paraíso, Deus nunca se desligou do ser humano,ao contrário, Ele sempre esteve junto de sua criação, sempre os acompanhou de perto.

        Ele não veio para nos ligar a uma sequência de regras, rituais, regulamentos, doutrinas ou dogmas.

        Ele veio par nos libertar do julgo da lei e da escravidão do pecado, Ele se fez carne para nos revelar o Pai nEle.

        Assim Ele nunca desejou criar uma “igrejinha” cheia de normas e ditames, necessários para que o compreendamos, cheia de falsa moral, cheia de “santos”, pois Ele, Deus enxerga a todos de igual modo, Ele não faz acepção de pessoas, nós fazemos, nós delimitamos os “bons e os ruins”.

        Por isso a religião nos afasta do Pai, nos une a uma instituição criada por homens e não por Cristo.

       Quem pode nos esclarecer melhor é Karl Barth: - “ A revelação de Deus é a abolição da religião”- (Dogmáticas da Igreja Vol I, pag. 62)

        Ainda segundo Barth: - “A religião é claramente vista como uma tentativa humana de antecipar a vontade de Deus em sua revelação, é a tentativa de antecipar o que Ele quer ou não quer, o que Ele pode ou não fazer. É a tentativa de substituição da obra divina por uma fabricada por homens.”- (Idem pag. 299)

        Religião ou religação ou reli gare, é a miséria da concepção humana. É a primazia da insensatez humana do que vem ser Deus.

        É uma tentativa frustrada de definir a posição de Deus em relação ao homem, ou seja, Deus preso nos altos céus e o homem preso aqui na terra e intermediando esta ligação está a santa madre igreja, a igreja dos “ungidos”, dos “salvos”, dos “regenerados”, dos “melhores que os outros”, dos “santos de Deus”, dos homens de paletó. Todos estes entes, se achando superiores e melhores que o “resto do mundo” só porque um dia balangaram a mão e repetiram uma “oração” poderosa, que instantaneamente os ligou ao divino. 

       Todas estas instituições se julgam melhores e somente a minha é verdadeira, as outras são cheias de erros e heresias, somente os iguais a mim é que prestam somente os iguais a mim é que terão a salvação, somente os iguais a mim é que um dia serão arrebatados, somente os que fizerem determinadas coisas e cumprirem com o rito é que mereceram os “olhares” do divino. Todas reclamam para a si os direitos autorais de poderem falar em nome de Deus, de possuírem a verdadeira comunicação. Cada maluco de paletó cria um jeito seu de agradar a o divino, um jeito de se fazer a ponte entre o profano e o santo, e defendem esta criação como única e verdadeira.

        Para Jacques Elluil: -“ A fé destrói a religião”.

        O fato central da revelação do Deus de Isaac, Abraão e Jacó, o Deus de Jesus Cristo, é Deus que “desce” para habitar com a humanidade, é Emanuel, e em nenhuma circunstância temos o poder de ascender a Deus, por mais esforços que possamos fazer, por mais torres que venhamos a levantar, jamais teremos o poder de ascender aos céus, por mais “sincera” que seja nossa decisão.

        O Evangelho da graça é o término de toda religião em si mesmo, é o cumprimento de toda sequência de ritos e leis, é a consumação do templo junto com todos os seus sacerdotes.

        A religião em si é um conjunto de regras e regulamentos, é um conjunto de rituais de devoção é um credo, é um sistema de crenças ou uma ideologia. Não é nunca uma revelação de Deus conosco.

        Jesus não veio nos religar ou reciclar, não veio nos enxertar a nenhuma seita. Ele veio nos libertar do julgo do fardo pesado da religião legalista e enfadonha, Ele veio nos revelar a verdadeira glória de Deus.

       Nosso irmão Paulo afirma: “ Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um julgo de escravidão” (GL. 5.1).

        Paulo continua afirmando: “ vocês; que procuram ser justificados pela lei, separam-se de Cristo; caíram da graça.” (GL 5.4)

        Em outras palavras, vocês que procuram salvação em dogmas e proteção debaixo de “placas de denominacionais”, seguindo seus rituais e cumprindo tudo o que agrada ao todo poderoso “ungido de deus”, estão se afastando de Cristo, estão ficando e vão ficar, quando Ele voltar.

        Jesus não disse: “Eu vim criar uma nova forma de vocês cumprirem um julgo mais leve e assim merecerem o céu.”

        Ele também não disse: “Se você não comer isso, não beber aquilo, não fumar aquilo outro, não usar estes tipos de roupas, não frequentarem estes lugares ‘santos’, você com certeza vai conseguir pagar o seu lote no céu”.

        Ele disse: “ Eu vim para que vocês tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10); disse ainda: “ Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), e concluiu: “ Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo14.6).

        Portanto o único caminho é Cristo, e o caminho não pode ser atalhado, não pode ser amarrado a um monte de “norminhas assépticas”, nunca poderá estar preso a vontade de quem quer que seja nunca o caminho vai poder ser trilhado por fanáticos igrejeiros, que cumprem toda a agenda do gueto que frequenta e realiza todos os desejos do seu “ungido”, do “anjo da igreja”.

        Jesus Cristo, não é o fundador de uma “outra religião”, de uma confraria chamada Cristianismo. Cristianismo é Cristo!

        Servir verdadeiramente a Cristo, exige a presença constante dEle em sua vida, como seu Senhor vivo e possuidor de sua alma, suas vontades passam a estar em sintonia com as dEle, Cristo passa a ser a essência de sua alma.

        Servir e seguir a Cristo, não tem a ver com fórmulas mágicas, com orações mandinguentas, com imposição de mãos, com regras, rituais, legalismo, regulamentos, catecismos, credos...

        Servir a Cristo é deixar Jesus fazer o trabalho em nós, é deixar o Espírito agir e sentir o “ESTÁ CONSUMADO”; É ter a certeza que Jesus fez e continua a fazer tudo o que realmente precisamos para as nossas vidas, independente da nossa vontade, o aqui e agora é tudo, o que virá é o lucro, é a azeitona da empadinha. “Pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade.” (Fp. 2.13)

        A boa notícia é que você, ao contrário do que defende a maioria, senão todos os de “paletó”, não precisa fazer parte de nenhuma confraria religiosa para merecer e manter os “favores de Deus”, de pertencer a um gueto, de pronunciar jargões pré estabelecidos, de receber “salamaleques” de dar todo o seu dinheiro para “a causa de Deus”, de sacrificar seu magro salário, para sustentar o luxo dos “ungidos”. 

       Na realidade a Graça é um presente de Deus: “Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo.” (Ef2. 8-9).

        Você não precisa fazer nada o presente é dEle e Ele dá a quem quer e como Ele achar melhor. Essa é a boa notícia.

        Quando você realmente mostra os dons recebidos, todos a sua volta percebem e geralmente ficam com medo, pois a grande maioria dos “igrejeiros” passam a vida representando, representando ter aquilo que nunca mereceram, passam um vida de falácia, em nome de Jesus é claro, passam uma vida mostrando ser melhor que os outros, passam uma vida afirmando, eu sou, eu posso eu faço, passam uma vida exaltando o “self” o si mesmo e infelizmente, PASSAM. Ficam e não O seguem.

        Lembre-se:
        “ Qualquer sistema de religião é algo satânico na sua natureza, não importa o quão bonito o pacote pode parecer. Satanás é o autor de “fazer o bem” (Norma Olson).

        Não Estamos Sob a Condenação da Lei Moral de Deus, fomos resgatados pelo seu sangue, e nos achamos cobertos por sua graça.

        Não estamos, portanto, sob a lei, mas sob a graça de Deus.

        Se ainda não foi o suficiente tenho outra: “Religião é uma das sutilezas de satanás, que leva os homens a fugir de Deus e tentar silenciar sua voz nas práticas diárias, assim o homem, para adequar a sua própria conveniência, reduz Deus a uma fórmula teológica, um código de ética, ou um programa de doutrinas ou discipulado, uma performance teatral em um contexto religioso”. (Ian Thomas)

         Nele, que é O Caminho, simplesmente.


        Lotti.2012

sábado, 17 de dezembro de 2011

Decisionismo?


Por: Alexandre Lotti
Capítulo do livro: “Fogo Estranho”



“Não fostes vós que me escolhestes; ao contrário, Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes frutos, e fruto que permaneça. Sendo assim, seja o que for que pedirdes ao Pai em meu Nome, Ele o concederá.” (Jo15:16 KJN)

Lastreado neste versículo podemos afirmar que não é possível “fazer uma decisão” por Jesus, pois eu não posso escolher servir ao meu Senhor, eu apenas sirvo, pois Ele é o meu senhor e não o contrário.
Se eu puder não servir estarei negando sua Soberania e sua presciência, simplesmente não posso não servi-Lo, pois Ele é o SENHOR. Sua vontade é absoluta e a minha não é NADA.
O conceito de fazer “uma decisão por Jesus” é acima de tudo perigoso, antibíblico e herético.

O que diz a confissão de fé Batista?

“O Homem, com a queda no pecado, perdeu completamente toda sua habilidade volitiva para o bem espiritual que caracteriza a salvação. Por isso o homem natural é inteiramente adverso a esse bem, e está morto em pecados; ele não é capaz de se converter por seu próprio esforço, e nem mesmo se dispor para isso.” (confissão de fé batista de 1869, capítulo 9 parágrafo 3) (grifo meu)

Elvis morreu, John Lenon morreu, mas James Armínius ainda está vivo dentro de muitas denominações, tanto pentecostais como neo pentecostais As heresias de Finney estão falando e falando alto, dentro das denominações (é o apelo) feitos durante os cultos que atualmente são antropocêntricos e não mais Cristocêntricos. A função principal dos “apelos” é angariar almas para o crescimento da denominação
Como em que se enchendo os bancos das igrejas se enche o céu.

Mas como essa sandice começou?

No Século I, o batismo em água era a confição externa da fé de uma pessoa.187
Assim era a maneira como as pessoas vinham à presença do Pai no início do cristianismo, não existia uma “oração poderosa” e mandinguenta para que o novo cristão viesse a “aceitar” Jesus.

“Orientou-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para o perdão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At.2:38 KJN)

Mas o homem disposto a impor suas vontades e costumes desenvolveu a idéia que o batismo absorve e perdoa os pecados, e assim este foi sendo adiado ao passo que o imperador Constantino afirmava que somente iria se batizar no seu leito de morte para que todos os seus pecados pudessem ser perdoados.
Em nossos dias, a “Oração do Pecador” substitui o papel do batismo na água como confissão inicial de fé. É dito ao candidato, “Diga esta oração depois de mim, que aceita Jesus como ‘Salvador Pessoal’, e que será salvo”. Mas em nenhuma parte em todo o NT achamos qualquer pessoa sendo conduzida a Deus pela “Oração do Pecador”. E não há o menor sussurro na Bíblia sobre um “Salvador Pessoal”.188

“Portanto, Ele tem misericórdia de quem deseja, e endurece o coração de quem quer.” (Rm. 9:18 KJN)

O homem tendendo a desenvolver uma soteriologia própria e denominacional, ao longo de anos ele tem conduzido “salvos” pelos corredores da fé, impostos e criados pelas mais mirabolantes mentes “evangélicas” que visam colocar seu “ungido” em uma posição de semideus capaz de “ganhar” almas, escondendo o real objetivo que é manipular e controlar almas fragilizadas e atormentadas por toda sorte de sandices pregadas nos púlpitos. As pobres “almas” são orientadas a “deixarem Jesus entrar em seu coração” e o uso desta frase sintética criada nos porões dos guetos pentecostais tem levado uma multidão de pseudo crentes ao “fundo do poço”, em nome de um falso Jesus, manipulável e serviçal do grande e poderoso “UNGIDO”.
Já os Católicos Romanos vêem a salvação como um processo que parte do homem, eles afirmam que a salvação está atrelada aos costumes e ordenanças a da Santa Madre Igreja e que somente mediante a observação destes é que podemos ser salvos, ou seja, a salvação está condicionada a vontade ou “arbítrio” do homem. Se esquecendo que a salvação é um dom imerecido que parte de Deus. Somente de Deus.

“Ele vos concedeu a vida, estando vós mortos nas vossas transgressões e pecados” (Ef.2:1 KJN)

Partido do princípio que morto não é capaz de tomar decisões, como podemos nós estando “mortos em nossos pecados” escolher servir ao nosso Senhor?
Sendo o homem um “morto” ele está incapaz, ignorante e sem desejos para solicitar assim sua salvação, mediante a uma “oração do pecador”. Não é possível assim o homem ser um cooperador de sua salvação um ajudante de Deus.
O evangelicanismo moderno está alicerçado em uma invenção de Charles Finney, que durante suas “cruzadas evangelísticas” realizadas no século dezenove, criou o sistema de “tomar uma decisão” e de “escolher Jesus como seu Senhor e salvador”. Porem estas heresias ficaram esquecidas por um grande tempo no limo, mas o Evangelista Billy Graham, aquele que sempre foi a favor de um grande ecumenismo, potencializou esta invenção de Finney e fazia o “apelo” em estádios lotados. Ele usava de toda sua filosofia e criando um ambiente favorável, levava as pessoas ao arrependimento e a tomarem uma decisão por Jesus. Mesmo sem saber realmente o que é servir a Jesus.
Este texto é muito interessante e revela o que sentimos em relação a total depravação do ser humano: “o homem, estando morto, por suas faltas e pecados (Ef. 2:1,5) - não pode salvar a si mesmo.
Mesmo assim, o ser humano tenta frequentemente fazer algo que o traga para sua própria salvação! Mas Jesus disse: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). É por essa razão que a Bíblia diz que Deus é o único autor da conversão do ser humano. Qualquer pessoa que ouvir do Evangelho é inclinado por Deus para aceitá-lo. Ele é livre para aceitar. Mas, e aqui está o grande problema, ele não é capaz de aceitar, porque ele não tem um desejo santo ou vontade própria para fazê-lo. “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal?” (Jer. 13:23).
A natureza pecaminosa do homem, e somente isso, torna impossível para o ser humano fazer qualquer coisa que o traga próximo a sua própria salvação. Como Jesus uma vez disse: “para o homem isso é impossível...” (Mt. 19:26). É impossível para aqueles que estão mortos no pecado receber Jesus Cristo como ele gratuitamente ofereceu no seu evangelho. Quão agradecidos nos deveremos ser, então, Jesus veio dizer, “... porque com Deus todas as coisas são possíveis.” A Fé Reformada nos ensina que a habilidade humana sofreu uma mudança drástica como resultado da sua queda no pecado. O homem era originalmente livre e capaz de fazer a vontade de Deus. Mas “por causa de sua queda em um estado de pecado”, ele teve “total perda de suas habilidades de querer fazer qualquer bem espiritual, junto com a salvação: então como, um homem natural, sendo adverso a tudo que seja bom, e morto no pecado, não é capaz, pela sua própria força, de converter a si mesmo ou preparar-se para tal situação?” (CFW, IX: 3). Deus não tirou do homem a habilidade de fazer o bem. Tanto que enquanto plano de Deus, o homem ainda é livre para fazer o bem. Mas ele não tem a habilidade para fazer o bem; mas é de fato “totalmente indisposto, incapaz e feito em oposição a tudo o que é bom, e totalmente inclinado para o mal” (CFW, VI: 4).
É isto o que as escrituras ensinam, quando elas dizem, “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar”(Rom. 8:7). A depravação do homem, em outras palavras, é total por natureza.” 219
A heresia pelagiana do livre arbítrio tomou tamanha proporção que hoje é praticamente impossível de se imaginar um culto sem o “apelo” no final, no fundo é um culto pagão onde a salvação é conquistada por meio de “obras”.
Esta heresia está implícita na linguagem dos pregadores que levam as pessoas a um arrependimento psicológico e exortam as pessoas a “aceitarem Cristo como Salvador”. Como diz Kevin Reed: “Esta expressão não é encontrada em nenhum local das escrituras; ela comunica uma noção falsa da soberania do pecador na conversão e ajuda a confundir a fé histórica com a fé salvadora. Dado o estado pecaminoso da humanidade a questão pertinente não é se nos “aceitamos a Cristo”, mas se Deus nos aceita.”189

“Todo aquele que o Pai me der, esse virá a mim; e o que vem a mim, de maneira alguma o excluirei.” (Jo. 6:37 KJN)

A Graça tem que ser suprema e soberana, pois caso contrário não pode ser graça de Deus.
Os reformadores sempre insistiram e sempre afirmaram que sem a intervenção da Graça de Deus a pregação do evangelho será infrutífera e vazia, a soberana Graça de Deus promove o evangelismo e não o contrário, o verdadeiro arrependimento parte de Deus, pois se Ele não nos aceitar e não nos agraciar nós sempre seremos incapaz de nos regenerar.
A regeneração dos pecados baseada na decisão acaba por se tornar a base da justificação, já que é dito que o “recém convertido” deva descansar na certeza da sua decisão por Cristo, o resultado disso é que posteriormente muitos e muitos recém convertidos acabam por abandonar a fé. Pois a grande maioria está emocionada ou motivada pelo discurso apelativo.
Kevin Reed, afirma que: devido as técnicas do Decisionismo, podem ser esperadas profissões de fé espúrias. Os que praticam estes métodos evangelísticos gastam tanto tempo preparando o ânimo da audiência, contando anedotas e pressionando decisões, que Cristo é raramente pregado com a inteireza necessária para que os ouvintes façam uma profissão de fé inteligente. Os ouvintes são exortados a depositarem sua fé em um salvador desconhecido.190
Segundo Tomas Manton a raiz do problema será resumida assim: muitos admitiram Cristo como um advogado para interceder por eles, mas não como seu Senhor para reinar por sobre eles.191
O resultado desta insanidade, é que a doutrina da justificação está sendo ofuscada pela doutrina “deixando Jesus entrar em seu coração”,a perfeita justificação de Deus está sendo substituída por uma doutrina baseada na vontade do crente, ou seja, a justificação por obras.
Os “ungidos” tentam atrair convertidos oferecendo benefícios que estes virão experimentar ao tomarem uma decisão por Cristo, ou seja, Cristo passou a ser tratado como moeda de troca ou recompensa por uma decisão, na necessidade de suprir um mercado em ascensão os “especiais” estão oferecendo prêmios para aqueles que fizerem uma decisão por Cristo, uma igreja Batista, Igreja Batista de Landover,nos Estados Unidos está oferecendo um Playstation 3. Para alcançar jovens indefesos. 192
Outra forma de Decisionismo é o confronto corpo a corpo, criado pela Campos Cruzada, popularizado pelas quatro leis espirituais, invenção da mente criativa de Bill Bright, que tem sido muito popularizada. É a nata do evangelismo pessoal, uma receita infalível, o incauto recém convertido, é induzido a fazer uma oração de decisão baseada em um folhetinho. É pelagianismo puro.

“contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito!” (Gl 1:8 KJN)

Fica claro que os evangélicos modernos trocaram o verdadeiro evangelho por outro. Eles destruíram a graça do evangelho ao vindicarem a habilidade humana, livre arbítrio, para obter a salvação.

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo!” (2Co. 5:17 KJN)

Estes desisionista se esqueceram que a verdadeira fé é um dom de Deus e torna-se fruto da regeneração, ou seja, o Espírito santo regenera o homem, transformando este em uma nova criatura.

“A vos revestirdes do novo homem , criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.”(Ef.4:24 KJN).

A Bíblia nos diz também que “aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou”, portanto Deus previu com antecedência aqueles que Ele iria separar, os que são joio e os que são trigo. Conforme afirmou, Deus foi quem escolheu e sendo assim não há nada que o serzinho possa fazer para mudar esta condição, não existe força capaz de mudar o que Deus PREDESTINOU, não é sua vontade ou uma oraçãozinha que vai mudar este fato.

“Assim, claro está que isso não depende da vontade, tampouco do esforço do ser humano, mas da maneira como Deus focaliza sua misericórdia. (Rm. 9:16 KJN)

Podemos ver que a Bíblia ensina que a graça de Deus independe de nossa vontade, que cabe a Ele nos escolher e somente a Ele. Devemos entender que o conceito de “fazermos uma decisão por Jesus”, não está na escrito e nem se dá a entender que seja esta a vontade de Deus. Este conceito na realidade é uma heresia pregada pelos arminianos, que querem ser iguais ao ALTÍSSIMO.

“os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo.1:3 KJN)

Deus fala a Jeremias: antes que eu te formasse no ventre te conheci. Deus sempre separou os “seus” Ele desde sempre predestinou aqueles que por sua graça foram separados dos demais e não por suas decisões.

“Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e sou conhecido por elas;” (Jo. 10:14 KJN)

Isso é presciência de Deus e não vontade de mortos.

“Portanto, Ele tem misericórdia de quem deseja, e endurece o coração de quem quer.” (Rm.9:18 KJN)

Esta “oração” mágica simplesmente não existe. O que torna este tipo de “evangelismo” atraente são os Números, os tantos que supostamente decidem servir a Jesus, o que há mantém viva é o quanto ela rende aos cofres da igreja, pois o número de dizimistas é proporcional ao número de “decididos” e sendo assim este sistema herético de fazer o trabalho de Deus certamente estará em vigor por muito tempo, pois os “ungidos” não querem nada mais do que fazer seu trabalho e receber um gordo salário por isso.

“As escrituras não afirmam que Jesus Cristo veio até o seu povo e disse: “o tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo”, agora quem gostaria de me convidar para entrar em seu coração? Estou vendo uma mão ali?...” 194

A Bíblia diz: “Arrependam-se e Creiam no Evangelho!” em outras palavras creiam em CRISTO, somente.
O evangelho de Cristo está sendo sacrificado nos altares dos interesses sociais.
Cuidado! Você deve servir a Deus da maneira que Ele quer e não da maneira que você acha que deva servi-lo.

Você ainda acredita ser possível “aceitar Jesus como seu suficiente salvador”?
Você ainda acha que é bíblico o apelo feito e a aceitação deste?

Caso sua resposta seja sim, feche este livro e o jogue no lixo. E viva seu paganismo religioso, disfarçado de “protestantismo”.











“Sendo assim, se depois de fugir das corrupções do mundo, mediante o conhecimento do Senhor e salvador Jesus Cristo, são uma vez mais influenciados e vencidos por elas, o seu último estado tornou-se ainda pior do que o primeiro. Porque lhes teria sido melhor não haver conhecido o Caminho da justiça do que, depois de conhecê-lo, darem as costas ao santo mandamento que lhes havia sido concedido. (2Pe.2:20-21 KJN)