terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Khirbet Qumran na net


Em agosto último na cidade de Jerusalém em um laboratório frio e todo pintado de cinza, iniciou-se o mais novo e espetacular projeto.
Irão digitalizar usando câmeras de alta resolução e equipamentos de última geração, munidos de luzes que não emitem calor. Estão fotografando (digitalmente) todos os fragmentos dos “pergaminhos do Mar Morto”, os achados de Khirbet Qumran.
Os cientistas e técnicos envolvidos no projeto estão desvendando os trechos ilegíveis e os agrupando juntos aos demais e prometem que as descobertas irão provocar um grande impacto acadêmico.
Os pergaminhos de cerca de 2.000 anos de idade, são contemporâneos de Jesus Cristo e encontrados na década de 1940 em cavernas a leste de Jerusalém nas proximidades do Mar Morto, são os manuscritos mais antigos da Bíblia Hebraica (faltando apenas o livro de Ester), bem como livros apócrifos e descrições de rituais dos Essênios (seita judaica contemporânea de Jesus). Os textos,a maioria em pergaminhos mas alguns em papiros, datam do século III aC ao Século I aD.
Somente um punhado dos rolos são pedaços consideráveis, em sua maioria cerca de 15 mil fragmentos que compõe cerca de 900 documentos. E nem bem começaram os trabalhos já existe uma grande polêmica de como organizá-los.
A história dos achados vem rolando desde sua descoberta, que de início ficou restrita a uma pequena porção de pesquisadores e pelas autoridades judaicas que são as guardiãs desta relíquia que retratam a vida dos judeus e o início do cristianismo.
Em 2001, foram publicados na íntegra, mas o debate sobre os achados só aumentou, desde então, milhares de acadêmicos do mundo todos solicitam acesso aos fragmentos e também muitos museus desejam expor estes tesouros.
Os responsáveis pelos manuscritos na pessoa do Sr. Pnina Shor, chefe do departamento de conservação de antiguidades, estão preocupados com a conservação dos fragmentos, que se deterioram com a exposição a luz , umidade e calor. Ele afirmou que mesmo sem estes fatores eles estão se degradando e o risco de se perder estes tesouros levou a este ambicioso projeto.
A coleção inteira dos fragmentos foi fotografada apenas uma vez na década de 1950 através de infravermelho e estas fotografias estão armazenadas em uma sala com temperatura controlada e mostram coisas que já se perderam de alguns pergaminhos, estas fotos também serão publicadas.
O projeto todo vai levar cerca de dois anos, até estar disponível on-line e está sendo liderado por Greg Bearman, que se aposentou do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. A coleta de dados é dirigida por Simon Tanner do Kings College de Londres.
Uma vez que o projeto seja concluído, cada fragmento poderá ser observado de vários ângulos
Fonte: New York Times.

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