sábado, 25 de agosto de 2012

O erro de Gênesis 3, de novo.


Os “desencapetadores” de plantão estão cometendo novamente o  erro de Gênesis3.
            Eles, os “todo poderosos” ainda não entenderam que somente Deus pode combater o inútil, o desprezível. E fazem exatamente o contrário do que está escrito.
            Os desencapetadores, estão usando de seu próprio conhecimento ,sua inteligência e suas forças, para assim poderem enfrentar o inútil, é uma demonstração de “poder”,de capricho, de vanglória e de desprezo pelas Sagradas Escrituras.
            Os “ungidos” estão querendo se igualar a Deus e de posse do "conhecimento do bem e do mal", passam a encarar o inútil em uma infeliz tentativa de vencê-lo, pois ele não pode ser vencido por força da criatura e somente por graça e poder do criador.
            Estes tais desencapetadores, se esquecem que o inútil não segue a lei alguma ou a normas estabelecidas e não tem princípios – é um inútil no real sentido da palavra- e este se alimenta daquilo que Deus descarta e rejeita nestes estão inclusos a vanglória a soberania humana a filosofia e o desejo do pináculo, ele se alimenta do PÓ. 
            Eles estão alimentando o inútil, estão promovendo o nome do “capetão” estão enaltecendo o nome do coisa ruim, e ele está adorando, o seu nome está profanando o que um dia se chamou de casa de Deus, o seu nome sendo proclamado por ditos “homens de Deus” e o seu nome sendo admirado como uma força capaz de se opor a Deus, afinal segundo C.S. Lewis o coisa ruim adora dois tipos de pessoas, os que dizem que ele não existe e os que vivem proclamando seu nome.
            A mecânica do mal funciona assim: se alimenta do pó e cresce com a arrogância e a vanglória humana.
            Cabe a criatura escolher somente o bem para si, ou seja, colocar-se sob a graça de Deus e ter o inútil contra si do mesmo modo como Deus o tem. Não de ficar como um promotor, exaltando o inútil e se alto promovendo com o uso do seu poder, pois as trevas cobram caro por emprestar o poder para os desencapetadores.
            Optando pela Graça de Deus e não pela fama de “ungidão”todo especial, a criatura descobre o que realmente é bom para ela e sente que Deus além de intervir por ela, fortalece o seu viver e ainda mostra sua gloriosa volta.
            Lembre-se: “e, despojando as autoridades e poderes malignos, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz.” (Cl 2.15 KJV).
            O inútil é a velha ameaça que queria reinar sob a criação, mas foi vencido, por Cristo na cruz, definitiva e totalmente, o inútil não precisa mais ser temido.


            NELE,
            Que nos dá sua Graça como um presente, sempre.

            Lotti 2012

sábado, 30 de junho de 2012

Ainda há esperança, na igreja!


          Eu definitivamente não sou contra a igreja, como instituição, mas não sou a favor deste modelo de igreja criado por Constantino e disseminado pelo mundo todo, este modelo, baseado em um “cabeça” e um monte de membros. Isto não é igreja baseada no Evangelho, isto é criação humana.

            A igreja como uma comunidade, onde tudo é comum, principalmente o amor e a comunhão dos membros, é uma coisa, a igreja a onde o evangelho é o centro, a onde a pregação está centrada no conteúdo da bíblia, onde não existe distinção de membros ou de pessoas, onde todos cooperam para proclamar o amor, a igreja na qual há somente uma cabeça, a d’Ele, esta sim é uma Igreja.
            Mas aqueles locais onde a santidade está atrelada aos costumes e as proibições, esta não é uma verdadeira igreja, neste local geralmente os “ungidões” dominam e massacram aqueles que atravessam seu caminho, como o conquistador do filme “O livro de Eli”, que buscava a qualquer preço um exemplar da bíblia sagrada, pois sabia que o poder e a sabedoria que emanavam da bíblia, seriam mais que o suficiente para que ele dominasse toda a sua comunidade, ele serviria da palavra como que usa uma espada para destruir e conquistar- como os cruzados- parece familiar?
            Os “ungidões” usam a bíblia como lei para punir dominar suas “ovelhas”, usam de toda autoridade imposta para satisfazer seus caprichos e vontades, para realizar todos os seus desejos, todos os seus desmandes e o cumprimento de todas as suas ordens, afinal de contas estão 50 centímetros mais perto do céu que a assembléia.  
            Mais estes já tem um lugar definido um lugar cativo preparado para todo os “ungidões” e seus asseclas, um lugar bem quentinho.
            Estes tais passam o dia maquinando como punir e como pegar aqueles que estão em desacordo com seus caprichos, passam o dia ditando normas e regras, não se pode comer isso, não se pode beber aquilo, não se pode vestir isso, não se pode frequentar estes locais. Vocês só podem ouvir música gossspel, (eca), pois este é o meu desejo.
            Sendo assim ele, o “ungidão” manipula e impõe sua vontade soberana sob a igreja e sob todos, aqueles que não estiverem de acordo que saiam do Hal de membros, pois no Hal só há “santos imaculados”.
            Mas ainda há esperança!
            A esperança está no Evangelho, na pureza do ensinamento de Jesus, na simplicidade de suas palavras, na sua ousadia em enfrentar tudo e todos, na loucura de ir contra todas as instituições e todos ditos religiosos, na loucura de encerrar o cumprimento da lei e da necessidade de profetas, na doçura da Graça como um presente do Pai.
            Ele, que era um “beberão” e um “comilão”, que nunca deixou de beber um “vinho bom”- fermentado e alcoólico- nunca deixou de ir a onde os “pecadores” estavam, aquele que sempre que possível se assentava à mesa em companhia dos “pecadores”e adorava viver na companhia daqueles que não “prestavam”, daqueles que não praticavam um rito santo, que não frequentavam os templos feitos por mãos de homem, que não participavam dos cultos, que bebiam  e ouviam música “mundana”, daqueles que não estavam nem ai para a opinião dos “ungidões”, daqueles que celebravam a vida simples, o amor para com seu próximo, daqueles que tinham prazer em estar na presença d’Ele.
            Estes eram por Ele chamados de bem aventurados, os “santos”, os separados eram chamados de “raça de víboras” e comparados a sepulturas caiadas.
            A esperança está n’Ele, simplesmente e não em homens santos ou templos santos ou denominações.
            Viva n’Ele, sinta Ele.
             
            N’Ele que nunca me deixou sem esperança.

            Lotti 2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A igreja hoje


            A igreja contemporânea a muito deixou o seu primeiro amor, a igreja de hoje vive aturdida e em conformidade com as “coisas deste mundo”.

            A igreja deixou de ser a comunidade dos que anunciam o evangelho e se transfigurou em uma casa de trocas em uma casa de barganhas em uma casa de salteadores vestido com pele de cordeiros.
            A igreja hoje não faz mais seu papel social, se o faz é com segundas intenções, é com o intuito de “laçar” aqueles que estão desesperados, os que estão sem rumo, é a evangelização do toma lá dá cá. A igreja de hoje acolhe ao homem de anel de ouro no dedo e vestes preciosas. Ela não é mais pura e desinteressada, ela não é incorruptível como as primeiras comunidades, ao contrário ela é a materialização de toda a vanglória e corrupção humana, é a casa dos salteadores.
            A igreja hoje não visita os órfãos e as viúvas em suas tribulações e já não se guarda sem a “mancha do mundo”.
            A igreja tornou-se uma casa de câmbio, uma casa de comércio, onde se negocia de tudo, desde um empreguinho público- geralmente arranjado por políticos ‘crentes’ que abusam do nepotismo santo- indo até a negociata da cura de um câncer terminal. Bastando para estes fins uma “simples oferta”, uma “campanha” uma “fogueira santa do monte Sinai” uma “unção com os 318”, uma “doação”, um “dizimo ou trizimo” bem gordo ou uma esmola, o que realmente importa é o montante que entra para o gazofilácio, este deve ser proporcional a graça desejada.
            Os megatemplos da igreja de hoje são casa de “mamom”, são os templos das deusas riqueza e fortuna e por tabela da deusa luxuria.
            A graça a muito deixou a igreja, e a desgraça preencheu o seu lugar e a igreja, agarrando com unhas e dentes a tal “teologia da prosperidade” que de Theos não tem nada, esta “linha financeira” é hoje o carro chefe de muitas igrejas, passou a ser o estandarte sob o qual os “ungidos” fazem sinais, maravilhas e macaquices também.        
             A simplicidade o amor aos pequeninos aos necessitados deixou de ter qualquer significado, hoje o amor ao próximo é proporcional a conta bancária deste.
             A muito os “Apóstolos” deixaram de caminhar sem levar uma túnica extra, e pregar o evangelho sem sequer levar outro calçado, levando apenas o Amor no coração e a vontade de falar de Cristo. Hoje os “ungidos”, não fazem sua “performance” se o cachê não for Gordo, se as “ofertas” não forem abastadas. Hoje as igrejas provem de ouro e preta os seus “ungidões” eles não mais falam de Cristo, eles falam de cristo, e não mais vão a onde o povo deve estar, vão a onde a “oferta” é mais generosa, não vão a pé ou a cavalo, vão de jatinho pois não podem mais perder tempo, visto que “time is Money”.
            A Igreja já não conta com os “apóstolos dos pés sangrentos”, já não existem mais Paulos, Estevãos, bem como tantos outros que deram suas vidas pelo Evangelho.
            A igreja deixou de ser o “povo de Deus a serviço do testemunho da presença do reino de Deus” (Jung Mo Sung).
            Hoje a igreja se transmutou em um “Renascer do capital”, em uma “Universal” busca pela fortuna e a satisfação pessoal, uma busca pela “Graça” que não é de graça, mas comprada a peso de ouro, a igreja se tornou uma máquina de fazer dinheiro.
            Hoje quando se fala em missão, se está falando em aumentar o faturamento, pois almas representam dízimos e ofertas, quando se fala em ganhar almas está se falando em mostrar a competência do “ungido” em aumentar o dinheiro em caixa, pois somente os “bons” conseguem ganhar almas.
            Mas ainda há esperança.
            Ainda há um caminho da graça, um caminho para a Graça de graça.
            Vinde todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos farei descansar. (...) porque meu julgo é suave, e meu fardo é leve. (Mt. 11:28-30 RVP).
           

            Nele que é Graça e nos deu a Graça do Pai como um presente.

            Lotti. 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Igreja Transgênica


Por: Alexandre Lotti

Será possível? Mas o que vem a ser uma igreja transgênica?
                A definição de transgênico resumidamente é: “Transgênico é todo ser orgânico modificado ou criado pelas mãos do homem”.
                De posse desta informação e direcionando ela para a igreja ficamos assim: “ são todas as igrejas criadas para satisfazerem a vontade (vanglória) do homem, são aquelas criadas para realizar o “desejo do pináculo”.
                Os organismos criados para satisfazer as vaidades dos homens, são compostos quase que exclusivamente de “decididos”, quase todos os seus membros integrantes, um dia fizeram uma decisão por Jesus -como  se isso fosse possível-, um dia balangaram as mãos, buscaram no fundo do coração um “arrependimento”-enganoso é o coração- e se tornaram “vaquinhas do presépio doutrinal”.
                Em contraste a igreja orgânica, aquela criada pelo amor, segundo o Evangelho da graça, é composta quase que exclusivamente de “regenerados” de “metanóios”, aqueles que um dia perceberam seus erros modificaram suas vidas “tomaram suas cruzes” e passaram a servir e seguir a Jesus exclusivamente, passaram a percorrer o espinhento caminho da graça.
                Já os transgênicos, que estão figurados entre tantas “denominações”, possuem o desejo de serem a maior, mais próspera, a mais “inchada”, a que tem mais bancos cheios, a que tem o maior rol de membros, a que tem o melhor e mais poderoso “ungido de Deus” a que tem o “melhor e mais santo” pastor, a que tem até um apóstolo de plantão ou pai postulo como algumas. Todas estas igrejas com a exclusiva finalidade de serem mais um “negócio celestial”. 
                A grande maioria das “igrejas plantadas” tem por finalidade aumentar a captação de recursos pela santa madre precursora, tem como objetivo enaltecer o ego do “ungidão” que afirma: “ganhei muitas almas para Jesus, veja os templo cheios”, - como que em se enchendo os templos se está enchendo o céu-.
                Desde a sua plantação que se inicia geralmente com um grupo de “santos”(os intocáveis), que saem em busca de um local para “evangelizar”, onde se possa dogmatizar e doutrinar pessoinhas fragilizadas e desesperadas. Com estas informações geralmente procuram um imóvel para alugar, compram um grande equipamento de som, montam o palco e iniciam o espetáculo teatral, com muita música e encantamento, pois afinal, estão louvando a “Jesuis”. Os “levitas” são programados para conduzirem os fragilizados ao êxtase e logo em seguida quando estes, embalados pelo “hipnotismo - teatral” e tomados pelo “fogo do espírito ”se tornam abatidos, presas fáceis para o “ungidão” que desenrola uma sequência de estorinhas e contos, misturados a versículos bíblicos, que supostamente seriam o lastro de sua “pregação”, em seguida vem o ápice da cerimônia o “apelo” oportunidade única das pessoas aceitarem ‘Jesuis’ como seu senhor e salvador. Pois fora da igreja não há salvação, somente aqueles que querem e realizam uma confissão pública podem entrar no reino dos céus, já que a salvação é por mérito e por obras. (pelo menos na igreja transgênica)
                Assim se enchem as “casas de Deus” proporcionalmente superabunda as graças na conta bancária do “ungidão”.
                Já nos ajuntamentos de servos Cristãos, que geralmente são pequenos grupos, fora do domínio de qualquer “ungidão” e longe dos tentáculos das santas casas de deuses a coisa funciona assim, os pequenos grupos vão se ajuntando, lendo a palavra louvam verdadeiramente a Deus, passam a servir ao próximo, dedicam-se a tesedaká, caridade incondicional e sem interesse. E por incrível que pareça não ficam falando dos outros pelas costas.
                Eles passam a servir. Somente.
                Servir não é sair pelo mundo distribuindo folhetinhos e fazendo perguntas idiotas, como: “você conhece as 4 leis espirituais ?” , “você é uma boa pessoa?”, a onde você vai passar a sua eternidade?”, “....?”. mostrando assim a todos, que sua doutrina e seus dogmas lhe garantem um lote no céu, e que se o “fragilizado” pelas circunstâncias da vida se tornar um igual a você ele também vai morar no céu (mas a localização do seu lote vai depender dos dízimos e ofertas, feitos durante sua miserável vida).
                Servir e proclamar a Boa Nova, mostrar o amor do Pai na prática é mostrar as pessoas o que é ser um cristão e evangelizar é falar do amor de Deus, é dar o peixe, dar a vara, ensinar a pescar, providenciar o barco e garantir acesso as margens do rio para que se possa pescar é compra o peixe e assim garantir o sustento e viabilidade da vida daqueles a quem se chama de irmão. É cuidar do pescador e de toda a sua família, é garantir saúde e educação de qualidade.
                Fazer missão não é sair por ai dogmatizando as pessoas, tentando doutrinar o máximo de pessoas que encontrar, não é “catequizar os trouxas”, é levar o amor incondicional de Cristo a todos os que encontrarem pelo caminho.  Servir deste outro jeito é espalhar folhetins Americanos, é servir a velhos padrões, com a função de se encher os bancos das igrejas, é dar ênfase ao evangelho oral é focar o evangelho de homiléticas e oratórias, e jogar fora a função social e profética do Evangelho.
                O que estas igrejas transgênicas estão fazendo pelos mais necessitados? O que estão fazendo pela pobreza extrema? Pelos marginalizados? Pelos homossexuais?
                Estas igrejas, não fazem absolutamente nada, colocam a culpa na sociedade, jogam a responsabilidade para os governos e vão assim “empurrando com a barriga” o chamado de Cristo para servir o próximo. Afinal estas igrejas e seus “ungidos” tem mais o que fazer, para que se importar com os pobres, - já que os pobres sempre vão existir-
                Todos os “santos” e “ungidos” se sentem separados do resto do mundo e por isso os “condenados” não tem valor nenhum, eles vão todos para o inferno mesmo, pois não congregam, não dizimam e não dão gordas ofertas.
                Deus é o Deus dos excluídos, dos que tem fome sede e frio e não dos abastados, dos separados dos “crentes”. Ele é ABBA, um Deus que cuida dos Lázaros, das viúvas dos órfãos e dos excluídos.
                Esta igreja que está com os bancos cheios e simplesmente não olha para aqueles que realmente precisam de sua ajuda, com certeza ficará plantada na terra enquanto os “excluídos” os “mundanos” os “carnais” irão se encontra no caminho com ABBA.
                Enquanto a igreja empregar seu tempo e recursos, em congressos, em concílios em reuniões de “ungidos” em programas marqueteiros de evangelização, ela vai ficar, vai ficar cada dia mais longe da Ekklesia, da igreja família, da igreja orgânica da igreja do Pai, ela vai se ligar a uma videira de plástico cheia de luzes e neons brilhantes e dará frutos venenosos mais “bom de comer, sedutor de se olhar”, mais a seiva envenenada pela cobiça e avareza os impedirá de verem que estão nus e destituídos da glória de Deus.
                Jesus não mandou plantar igreja, Ele mandou fazer discípulos no amor do Pai.

                Nele. Que é o fruto da vida.

                Alexandre Lotti/2012

sábado, 21 de abril de 2012

Cristianismo não é religião!




Por Alexandre Lotti.
        Cristianismo é Cristo!!!

        Quando Jesus se fez carne e habitou entre nós, seu objetivo não era o de fundar uma nova religião, ou uma nova seita, diferente do judaísmo, que está cheio de regras e legalismo, como se refere o profeta Isaias “é lei sobre lei”, ou uma nova doutrina pagã como o Romanismo.

         Ele não veio para nos religar a nada. Pois mesmo afastados do paraíso, Deus nunca se desligou do ser humano,ao contrário, Ele sempre esteve junto de sua criação, sempre os acompanhou de perto.

        Ele não veio para nos ligar a uma sequência de regras, rituais, regulamentos, doutrinas ou dogmas.

        Ele veio par nos libertar do julgo da lei e da escravidão do pecado, Ele se fez carne para nos revelar o Pai nEle.

        Assim Ele nunca desejou criar uma “igrejinha” cheia de normas e ditames, necessários para que o compreendamos, cheia de falsa moral, cheia de “santos”, pois Ele, Deus enxerga a todos de igual modo, Ele não faz acepção de pessoas, nós fazemos, nós delimitamos os “bons e os ruins”.

        Por isso a religião nos afasta do Pai, nos une a uma instituição criada por homens e não por Cristo.

       Quem pode nos esclarecer melhor é Karl Barth: - “ A revelação de Deus é a abolição da religião”- (Dogmáticas da Igreja Vol I, pag. 62)

        Ainda segundo Barth: - “A religião é claramente vista como uma tentativa humana de antecipar a vontade de Deus em sua revelação, é a tentativa de antecipar o que Ele quer ou não quer, o que Ele pode ou não fazer. É a tentativa de substituição da obra divina por uma fabricada por homens.”- (Idem pag. 299)

        Religião ou religação ou reli gare, é a miséria da concepção humana. É a primazia da insensatez humana do que vem ser Deus.

        É uma tentativa frustrada de definir a posição de Deus em relação ao homem, ou seja, Deus preso nos altos céus e o homem preso aqui na terra e intermediando esta ligação está a santa madre igreja, a igreja dos “ungidos”, dos “salvos”, dos “regenerados”, dos “melhores que os outros”, dos “santos de Deus”, dos homens de paletó. Todos estes entes, se achando superiores e melhores que o “resto do mundo” só porque um dia balangaram a mão e repetiram uma “oração” poderosa, que instantaneamente os ligou ao divino. 

       Todas estas instituições se julgam melhores e somente a minha é verdadeira, as outras são cheias de erros e heresias, somente os iguais a mim é que prestam somente os iguais a mim é que terão a salvação, somente os iguais a mim é que um dia serão arrebatados, somente os que fizerem determinadas coisas e cumprirem com o rito é que mereceram os “olhares” do divino. Todas reclamam para a si os direitos autorais de poderem falar em nome de Deus, de possuírem a verdadeira comunicação. Cada maluco de paletó cria um jeito seu de agradar a o divino, um jeito de se fazer a ponte entre o profano e o santo, e defendem esta criação como única e verdadeira.

        Para Jacques Elluil: -“ A fé destrói a religião”.

        O fato central da revelação do Deus de Isaac, Abraão e Jacó, o Deus de Jesus Cristo, é Deus que “desce” para habitar com a humanidade, é Emanuel, e em nenhuma circunstância temos o poder de ascender a Deus, por mais esforços que possamos fazer, por mais torres que venhamos a levantar, jamais teremos o poder de ascender aos céus, por mais “sincera” que seja nossa decisão.

        O Evangelho da graça é o término de toda religião em si mesmo, é o cumprimento de toda sequência de ritos e leis, é a consumação do templo junto com todos os seus sacerdotes.

        A religião em si é um conjunto de regras e regulamentos, é um conjunto de rituais de devoção é um credo, é um sistema de crenças ou uma ideologia. Não é nunca uma revelação de Deus conosco.

        Jesus não veio nos religar ou reciclar, não veio nos enxertar a nenhuma seita. Ele veio nos libertar do julgo do fardo pesado da religião legalista e enfadonha, Ele veio nos revelar a verdadeira glória de Deus.

       Nosso irmão Paulo afirma: “ Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um julgo de escravidão” (GL. 5.1).

        Paulo continua afirmando: “ vocês; que procuram ser justificados pela lei, separam-se de Cristo; caíram da graça.” (GL 5.4)

        Em outras palavras, vocês que procuram salvação em dogmas e proteção debaixo de “placas de denominacionais”, seguindo seus rituais e cumprindo tudo o que agrada ao todo poderoso “ungido de deus”, estão se afastando de Cristo, estão ficando e vão ficar, quando Ele voltar.

        Jesus não disse: “Eu vim criar uma nova forma de vocês cumprirem um julgo mais leve e assim merecerem o céu.”

        Ele também não disse: “Se você não comer isso, não beber aquilo, não fumar aquilo outro, não usar estes tipos de roupas, não frequentarem estes lugares ‘santos’, você com certeza vai conseguir pagar o seu lote no céu”.

        Ele disse: “ Eu vim para que vocês tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10); disse ainda: “ Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), e concluiu: “ Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo14.6).

        Portanto o único caminho é Cristo, e o caminho não pode ser atalhado, não pode ser amarrado a um monte de “norminhas assépticas”, nunca poderá estar preso a vontade de quem quer que seja nunca o caminho vai poder ser trilhado por fanáticos igrejeiros, que cumprem toda a agenda do gueto que frequenta e realiza todos os desejos do seu “ungido”, do “anjo da igreja”.

        Jesus Cristo, não é o fundador de uma “outra religião”, de uma confraria chamada Cristianismo. Cristianismo é Cristo!

        Servir verdadeiramente a Cristo, exige a presença constante dEle em sua vida, como seu Senhor vivo e possuidor de sua alma, suas vontades passam a estar em sintonia com as dEle, Cristo passa a ser a essência de sua alma.

        Servir e seguir a Cristo, não tem a ver com fórmulas mágicas, com orações mandinguentas, com imposição de mãos, com regras, rituais, legalismo, regulamentos, catecismos, credos...

        Servir a Cristo é deixar Jesus fazer o trabalho em nós, é deixar o Espírito agir e sentir o “ESTÁ CONSUMADO”; É ter a certeza que Jesus fez e continua a fazer tudo o que realmente precisamos para as nossas vidas, independente da nossa vontade, o aqui e agora é tudo, o que virá é o lucro, é a azeitona da empadinha. “Pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade.” (Fp. 2.13)

        A boa notícia é que você, ao contrário do que defende a maioria, senão todos os de “paletó”, não precisa fazer parte de nenhuma confraria religiosa para merecer e manter os “favores de Deus”, de pertencer a um gueto, de pronunciar jargões pré estabelecidos, de receber “salamaleques” de dar todo o seu dinheiro para “a causa de Deus”, de sacrificar seu magro salário, para sustentar o luxo dos “ungidos”. 

       Na realidade a Graça é um presente de Deus: “Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo.” (Ef2. 8-9).

        Você não precisa fazer nada o presente é dEle e Ele dá a quem quer e como Ele achar melhor. Essa é a boa notícia.

        Quando você realmente mostra os dons recebidos, todos a sua volta percebem e geralmente ficam com medo, pois a grande maioria dos “igrejeiros” passam a vida representando, representando ter aquilo que nunca mereceram, passam um vida de falácia, em nome de Jesus é claro, passam uma vida mostrando ser melhor que os outros, passam uma vida afirmando, eu sou, eu posso eu faço, passam uma vida exaltando o “self” o si mesmo e infelizmente, PASSAM. Ficam e não O seguem.

        Lembre-se:
        “ Qualquer sistema de religião é algo satânico na sua natureza, não importa o quão bonito o pacote pode parecer. Satanás é o autor de “fazer o bem” (Norma Olson).

        Não Estamos Sob a Condenação da Lei Moral de Deus, fomos resgatados pelo seu sangue, e nos achamos cobertos por sua graça.

        Não estamos, portanto, sob a lei, mas sob a graça de Deus.

        Se ainda não foi o suficiente tenho outra: “Religião é uma das sutilezas de satanás, que leva os homens a fugir de Deus e tentar silenciar sua voz nas práticas diárias, assim o homem, para adequar a sua própria conveniência, reduz Deus a uma fórmula teológica, um código de ética, ou um programa de doutrinas ou discipulado, uma performance teatral em um contexto religioso”. (Ian Thomas)

         Nele, que é O Caminho, simplesmente.


        Lotti.2012