sábado, 21 de abril de 2012

Cristianismo não é religião!




Por Alexandre Lotti.
        Cristianismo é Cristo!!!

        Quando Jesus se fez carne e habitou entre nós, seu objetivo não era o de fundar uma nova religião, ou uma nova seita, diferente do judaísmo, que está cheio de regras e legalismo, como se refere o profeta Isaias “é lei sobre lei”, ou uma nova doutrina pagã como o Romanismo.

         Ele não veio para nos religar a nada. Pois mesmo afastados do paraíso, Deus nunca se desligou do ser humano,ao contrário, Ele sempre esteve junto de sua criação, sempre os acompanhou de perto.

        Ele não veio para nos ligar a uma sequência de regras, rituais, regulamentos, doutrinas ou dogmas.

        Ele veio par nos libertar do julgo da lei e da escravidão do pecado, Ele se fez carne para nos revelar o Pai nEle.

        Assim Ele nunca desejou criar uma “igrejinha” cheia de normas e ditames, necessários para que o compreendamos, cheia de falsa moral, cheia de “santos”, pois Ele, Deus enxerga a todos de igual modo, Ele não faz acepção de pessoas, nós fazemos, nós delimitamos os “bons e os ruins”.

        Por isso a religião nos afasta do Pai, nos une a uma instituição criada por homens e não por Cristo.

       Quem pode nos esclarecer melhor é Karl Barth: - “ A revelação de Deus é a abolição da religião”- (Dogmáticas da Igreja Vol I, pag. 62)

        Ainda segundo Barth: - “A religião é claramente vista como uma tentativa humana de antecipar a vontade de Deus em sua revelação, é a tentativa de antecipar o que Ele quer ou não quer, o que Ele pode ou não fazer. É a tentativa de substituição da obra divina por uma fabricada por homens.”- (Idem pag. 299)

        Religião ou religação ou reli gare, é a miséria da concepção humana. É a primazia da insensatez humana do que vem ser Deus.

        É uma tentativa frustrada de definir a posição de Deus em relação ao homem, ou seja, Deus preso nos altos céus e o homem preso aqui na terra e intermediando esta ligação está a santa madre igreja, a igreja dos “ungidos”, dos “salvos”, dos “regenerados”, dos “melhores que os outros”, dos “santos de Deus”, dos homens de paletó. Todos estes entes, se achando superiores e melhores que o “resto do mundo” só porque um dia balangaram a mão e repetiram uma “oração” poderosa, que instantaneamente os ligou ao divino. 

       Todas estas instituições se julgam melhores e somente a minha é verdadeira, as outras são cheias de erros e heresias, somente os iguais a mim é que prestam somente os iguais a mim é que terão a salvação, somente os iguais a mim é que um dia serão arrebatados, somente os que fizerem determinadas coisas e cumprirem com o rito é que mereceram os “olhares” do divino. Todas reclamam para a si os direitos autorais de poderem falar em nome de Deus, de possuírem a verdadeira comunicação. Cada maluco de paletó cria um jeito seu de agradar a o divino, um jeito de se fazer a ponte entre o profano e o santo, e defendem esta criação como única e verdadeira.

        Para Jacques Elluil: -“ A fé destrói a religião”.

        O fato central da revelação do Deus de Isaac, Abraão e Jacó, o Deus de Jesus Cristo, é Deus que “desce” para habitar com a humanidade, é Emanuel, e em nenhuma circunstância temos o poder de ascender a Deus, por mais esforços que possamos fazer, por mais torres que venhamos a levantar, jamais teremos o poder de ascender aos céus, por mais “sincera” que seja nossa decisão.

        O Evangelho da graça é o término de toda religião em si mesmo, é o cumprimento de toda sequência de ritos e leis, é a consumação do templo junto com todos os seus sacerdotes.

        A religião em si é um conjunto de regras e regulamentos, é um conjunto de rituais de devoção é um credo, é um sistema de crenças ou uma ideologia. Não é nunca uma revelação de Deus conosco.

        Jesus não veio nos religar ou reciclar, não veio nos enxertar a nenhuma seita. Ele veio nos libertar do julgo do fardo pesado da religião legalista e enfadonha, Ele veio nos revelar a verdadeira glória de Deus.

       Nosso irmão Paulo afirma: “ Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um julgo de escravidão” (GL. 5.1).

        Paulo continua afirmando: “ vocês; que procuram ser justificados pela lei, separam-se de Cristo; caíram da graça.” (GL 5.4)

        Em outras palavras, vocês que procuram salvação em dogmas e proteção debaixo de “placas de denominacionais”, seguindo seus rituais e cumprindo tudo o que agrada ao todo poderoso “ungido de deus”, estão se afastando de Cristo, estão ficando e vão ficar, quando Ele voltar.

        Jesus não disse: “Eu vim criar uma nova forma de vocês cumprirem um julgo mais leve e assim merecerem o céu.”

        Ele também não disse: “Se você não comer isso, não beber aquilo, não fumar aquilo outro, não usar estes tipos de roupas, não frequentarem estes lugares ‘santos’, você com certeza vai conseguir pagar o seu lote no céu”.

        Ele disse: “ Eu vim para que vocês tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10); disse ainda: “ Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), e concluiu: “ Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo14.6).

        Portanto o único caminho é Cristo, e o caminho não pode ser atalhado, não pode ser amarrado a um monte de “norminhas assépticas”, nunca poderá estar preso a vontade de quem quer que seja nunca o caminho vai poder ser trilhado por fanáticos igrejeiros, que cumprem toda a agenda do gueto que frequenta e realiza todos os desejos do seu “ungido”, do “anjo da igreja”.

        Jesus Cristo, não é o fundador de uma “outra religião”, de uma confraria chamada Cristianismo. Cristianismo é Cristo!

        Servir verdadeiramente a Cristo, exige a presença constante dEle em sua vida, como seu Senhor vivo e possuidor de sua alma, suas vontades passam a estar em sintonia com as dEle, Cristo passa a ser a essência de sua alma.

        Servir e seguir a Cristo, não tem a ver com fórmulas mágicas, com orações mandinguentas, com imposição de mãos, com regras, rituais, legalismo, regulamentos, catecismos, credos...

        Servir a Cristo é deixar Jesus fazer o trabalho em nós, é deixar o Espírito agir e sentir o “ESTÁ CONSUMADO”; É ter a certeza que Jesus fez e continua a fazer tudo o que realmente precisamos para as nossas vidas, independente da nossa vontade, o aqui e agora é tudo, o que virá é o lucro, é a azeitona da empadinha. “Pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade.” (Fp. 2.13)

        A boa notícia é que você, ao contrário do que defende a maioria, senão todos os de “paletó”, não precisa fazer parte de nenhuma confraria religiosa para merecer e manter os “favores de Deus”, de pertencer a um gueto, de pronunciar jargões pré estabelecidos, de receber “salamaleques” de dar todo o seu dinheiro para “a causa de Deus”, de sacrificar seu magro salário, para sustentar o luxo dos “ungidos”. 

       Na realidade a Graça é um presente de Deus: “Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo.” (Ef2. 8-9).

        Você não precisa fazer nada o presente é dEle e Ele dá a quem quer e como Ele achar melhor. Essa é a boa notícia.

        Quando você realmente mostra os dons recebidos, todos a sua volta percebem e geralmente ficam com medo, pois a grande maioria dos “igrejeiros” passam a vida representando, representando ter aquilo que nunca mereceram, passam um vida de falácia, em nome de Jesus é claro, passam uma vida mostrando ser melhor que os outros, passam uma vida afirmando, eu sou, eu posso eu faço, passam uma vida exaltando o “self” o si mesmo e infelizmente, PASSAM. Ficam e não O seguem.

        Lembre-se:
        “ Qualquer sistema de religião é algo satânico na sua natureza, não importa o quão bonito o pacote pode parecer. Satanás é o autor de “fazer o bem” (Norma Olson).

        Não Estamos Sob a Condenação da Lei Moral de Deus, fomos resgatados pelo seu sangue, e nos achamos cobertos por sua graça.

        Não estamos, portanto, sob a lei, mas sob a graça de Deus.

        Se ainda não foi o suficiente tenho outra: “Religião é uma das sutilezas de satanás, que leva os homens a fugir de Deus e tentar silenciar sua voz nas práticas diárias, assim o homem, para adequar a sua própria conveniência, reduz Deus a uma fórmula teológica, um código de ética, ou um programa de doutrinas ou discipulado, uma performance teatral em um contexto religioso”. (Ian Thomas)

         Nele, que é O Caminho, simplesmente.


        Lotti.2012

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