Por: Alexandre Lotti
Será possível? Mas o que vem a ser uma igreja
transgênica?
A
definição de transgênico resumidamente é: “Transgênico é todo ser orgânico
modificado ou criado pelas mãos do homem”.
De posse desta
informação e direcionando ela para a igreja ficamos assim: “ são todas as
igrejas criadas para satisfazerem a vontade (vanglória) do homem, são aquelas
criadas para realizar o “desejo do pináculo”.
Os organismos
criados para satisfazer as vaidades dos homens, são compostos quase que
exclusivamente de “decididos”, quase todos os seus membros integrantes, um dia
fizeram uma decisão por Jesus -como se
isso fosse possível-, um dia balangaram as mãos, buscaram no fundo do coração
um “arrependimento”-enganoso é o coração- e se tornaram “vaquinhas do presépio
doutrinal”.
Em contraste a
igreja orgânica, aquela criada pelo amor, segundo o Evangelho da graça, é
composta quase que exclusivamente de “regenerados” de “metanóios”, aqueles que
um dia perceberam seus erros modificaram suas vidas “tomaram suas cruzes” e passaram
a servir e seguir a Jesus exclusivamente, passaram a percorrer o espinhento
caminho da graça.
Já os
transgênicos, que estão figurados entre tantas “denominações”, possuem o desejo
de serem a maior, mais próspera, a mais “inchada”, a que tem mais bancos cheios,
a que tem o maior rol de membros, a que tem o melhor e mais poderoso “ungido de
Deus” a que tem o “melhor e mais santo” pastor, a que tem até um apóstolo de
plantão ou pai postulo como algumas. Todas estas igrejas com a exclusiva
finalidade de serem mais um “negócio celestial”.
A grande maioria
das “igrejas plantadas” tem por finalidade aumentar a captação de recursos pela
santa madre precursora, tem como objetivo enaltecer o ego do “ungidão” que
afirma: “ganhei muitas almas para Jesus, veja os templo cheios”, - como que em
se enchendo os templos se está enchendo o céu-.
Desde a sua
plantação que se inicia geralmente com um grupo de “santos”(os intocáveis), que
saem em busca de um local para “evangelizar”, onde se possa dogmatizar e
doutrinar pessoinhas fragilizadas e desesperadas. Com estas informações geralmente
procuram um imóvel para alugar, compram um grande equipamento de som, montam o
palco e iniciam o espetáculo teatral, com muita música e encantamento, pois
afinal, estão louvando a “Jesuis”. Os “levitas” são programados para conduzirem
os fragilizados ao êxtase e logo em seguida quando estes, embalados pelo “hipnotismo
- teatral” e tomados pelo “fogo do espírito ”se tornam abatidos, presas fáceis
para o “ungidão” que desenrola uma sequência de estorinhas e contos, misturados
a versículos bíblicos, que supostamente seriam o lastro de sua “pregação”, em
seguida vem o ápice da cerimônia o “apelo”
oportunidade única das pessoas aceitarem ‘Jesuis’ como seu senhor e salvador. Pois
fora da igreja não há salvação, somente aqueles que querem e realizam uma
confissão pública podem entrar no reino dos céus, já que a salvação é por mérito
e por obras. (pelo menos na igreja transgênica)
Assim se enchem
as “casas de Deus” proporcionalmente superabunda as graças na conta bancária do
“ungidão”.
Já nos
ajuntamentos de servos Cristãos, que geralmente são pequenos grupos, fora do
domínio de qualquer “ungidão” e longe dos tentáculos das santas casas de deuses
a coisa funciona assim, os pequenos grupos vão se ajuntando, lendo a palavra
louvam verdadeiramente a Deus, passam a servir ao próximo, dedicam-se a
tesedaká, caridade incondicional e sem interesse. E por incrível que pareça não
ficam falando dos outros pelas costas.
Eles passam a
servir. Somente.
Servir não é sair
pelo mundo distribuindo folhetinhos e fazendo perguntas idiotas, como: “você
conhece as 4 leis espirituais ?” , “você é uma boa pessoa?”, a onde você vai
passar a sua eternidade?”, “....?”. mostrando assim a todos, que sua doutrina e
seus dogmas lhe garantem um lote no céu, e que se o “fragilizado” pelas
circunstâncias da vida se tornar um igual a você ele também vai morar no céu
(mas a localização do seu lote vai depender dos dízimos e ofertas, feitos
durante sua miserável vida).
Servir e
proclamar a Boa Nova, mostrar o amor do Pai na prática é mostrar as pessoas o
que é ser um cristão e evangelizar é falar do amor de Deus, é dar o peixe, dar
a vara, ensinar a pescar, providenciar o barco e garantir acesso as margens do
rio para que se possa pescar é compra o peixe e assim garantir o sustento e
viabilidade da vida daqueles a quem se chama de irmão. É cuidar do pescador e
de toda a sua família, é garantir saúde e educação de qualidade.
Fazer missão não é sair por ai dogmatizando as
pessoas, tentando doutrinar o máximo de pessoas que encontrar, não é “catequizar
os trouxas”, é levar o amor incondicional de Cristo a todos os que encontrarem
pelo caminho. Servir deste outro jeito é
espalhar folhetins Americanos, é servir a velhos padrões, com a função de se
encher os bancos das igrejas, é dar ênfase ao evangelho oral é focar o
evangelho de homiléticas e oratórias, e jogar fora a função social e profética
do Evangelho.
O que estas igrejas
transgênicas estão fazendo pelos mais necessitados? O que estão fazendo pela
pobreza extrema? Pelos marginalizados? Pelos homossexuais?
Estas igrejas,
não fazem absolutamente nada, colocam a culpa na sociedade, jogam a
responsabilidade para os governos e vão assim “empurrando com a barriga” o
chamado de Cristo para servir o próximo. Afinal estas igrejas e seus “ungidos”
tem mais o que fazer, para que se importar com os pobres, - já que os pobres
sempre vão existir-
Todos os “santos”
e “ungidos” se sentem separados do resto do mundo e por isso os “condenados”
não tem valor nenhum, eles vão todos para o inferno mesmo, pois não congregam, não
dizimam e não dão gordas ofertas.
Deus é o Deus dos
excluídos, dos que tem fome sede e frio e não dos abastados, dos separados dos “crentes”.
Ele é ABBA, um Deus que cuida dos Lázaros, das viúvas dos órfãos e dos excluídos.
Esta igreja que
está com os bancos cheios e simplesmente não olha para aqueles que realmente
precisam de sua ajuda, com certeza ficará plantada na terra enquanto os “excluídos”
os “mundanos” os “carnais” irão se encontra no caminho com ABBA.
Enquanto a igreja
empregar seu tempo e recursos, em congressos, em concílios em reuniões de “ungidos”
em programas marqueteiros de evangelização, ela vai ficar, vai ficar cada dia
mais longe da Ekklesia, da igreja família, da igreja orgânica da igreja do Pai,
ela vai se ligar a uma videira de plástico cheia de luzes e neons brilhantes e dará
frutos venenosos mais “bom de comer, sedutor de se olhar”, mais a seiva
envenenada pela cobiça e avareza os impedirá de verem que estão nus e destituídos
da glória de Deus.
Jesus não mandou plantar
igreja, Ele mandou fazer discípulos no amor do Pai.
Nele. Que é o
fruto da vida.
Alexandre
Lotti/2012
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