sábado, 30 de junho de 2012

Ainda há esperança, na igreja!


          Eu definitivamente não sou contra a igreja, como instituição, mas não sou a favor deste modelo de igreja criado por Constantino e disseminado pelo mundo todo, este modelo, baseado em um “cabeça” e um monte de membros. Isto não é igreja baseada no Evangelho, isto é criação humana.

            A igreja como uma comunidade, onde tudo é comum, principalmente o amor e a comunhão dos membros, é uma coisa, a igreja a onde o evangelho é o centro, a onde a pregação está centrada no conteúdo da bíblia, onde não existe distinção de membros ou de pessoas, onde todos cooperam para proclamar o amor, a igreja na qual há somente uma cabeça, a d’Ele, esta sim é uma Igreja.
            Mas aqueles locais onde a santidade está atrelada aos costumes e as proibições, esta não é uma verdadeira igreja, neste local geralmente os “ungidões” dominam e massacram aqueles que atravessam seu caminho, como o conquistador do filme “O livro de Eli”, que buscava a qualquer preço um exemplar da bíblia sagrada, pois sabia que o poder e a sabedoria que emanavam da bíblia, seriam mais que o suficiente para que ele dominasse toda a sua comunidade, ele serviria da palavra como que usa uma espada para destruir e conquistar- como os cruzados- parece familiar?
            Os “ungidões” usam a bíblia como lei para punir dominar suas “ovelhas”, usam de toda autoridade imposta para satisfazer seus caprichos e vontades, para realizar todos os seus desejos, todos os seus desmandes e o cumprimento de todas as suas ordens, afinal de contas estão 50 centímetros mais perto do céu que a assembléia.  
            Mais estes já tem um lugar definido um lugar cativo preparado para todo os “ungidões” e seus asseclas, um lugar bem quentinho.
            Estes tais passam o dia maquinando como punir e como pegar aqueles que estão em desacordo com seus caprichos, passam o dia ditando normas e regras, não se pode comer isso, não se pode beber aquilo, não se pode vestir isso, não se pode frequentar estes locais. Vocês só podem ouvir música gossspel, (eca), pois este é o meu desejo.
            Sendo assim ele, o “ungidão” manipula e impõe sua vontade soberana sob a igreja e sob todos, aqueles que não estiverem de acordo que saiam do Hal de membros, pois no Hal só há “santos imaculados”.
            Mas ainda há esperança!
            A esperança está no Evangelho, na pureza do ensinamento de Jesus, na simplicidade de suas palavras, na sua ousadia em enfrentar tudo e todos, na loucura de ir contra todas as instituições e todos ditos religiosos, na loucura de encerrar o cumprimento da lei e da necessidade de profetas, na doçura da Graça como um presente do Pai.
            Ele, que era um “beberão” e um “comilão”, que nunca deixou de beber um “vinho bom”- fermentado e alcoólico- nunca deixou de ir a onde os “pecadores” estavam, aquele que sempre que possível se assentava à mesa em companhia dos “pecadores”e adorava viver na companhia daqueles que não “prestavam”, daqueles que não praticavam um rito santo, que não frequentavam os templos feitos por mãos de homem, que não participavam dos cultos, que bebiam  e ouviam música “mundana”, daqueles que não estavam nem ai para a opinião dos “ungidões”, daqueles que celebravam a vida simples, o amor para com seu próximo, daqueles que tinham prazer em estar na presença d’Ele.
            Estes eram por Ele chamados de bem aventurados, os “santos”, os separados eram chamados de “raça de víboras” e comparados a sepulturas caiadas.
            A esperança está n’Ele, simplesmente e não em homens santos ou templos santos ou denominações.
            Viva n’Ele, sinta Ele.
             
            N’Ele que nunca me deixou sem esperança.

            Lotti 2012

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